Ando pelo metrô, linha amarela.
Pego a Estação São Paulo/ Morumbi, no meio da tarde, quando o fluxo de gente indo e vindo, diminui um pouco.
O dia esteve quente e ensolarado.
Aproveitei para visitar uma parente doente, minha cunhada querida, a Miriam, viúva de meu irmão José Luiz.
Saudoso e atento no presente, assombro-me com a impessoalidade da massa.
Seguem olhando para os seus celulares.
Poucos livros abertos, quase nenhum.
Resistirá o livro?
Não sei.
Não por mim.
Estou sempre carregando um comigo.
Entre nós, estou relendo um, mas não conto, para não criar uma imagem unilateral de mim. Sim, é espiritual, eu tão materialista.
Não entendo o ser humano.
Pensei entender, mas estou enganado.
O ser humano é uma permanente incógnita, de talentoso para medíocre, de profundo, para vulgar, de consciente, para afetado.
Tudo isto num vai e vem constante, desmemoriado e incrédulo.
A tipologia já foi maior, mas o Brasil, e o meu São Paulo continuam plurais, mas ninguém nota. Permanecem unidos em suas tribos, partidos.
Arrisco a dizer que há uma vergonha geral, não falam, percebo, com o atual presidente.
Um louco varrido, apoiado cabrestamente pelos militares.
Vive de provocações e provocações.
Perde a cada momento a classe mérdia que o apoiou.
E o povão sofre quieto.
Fiz minha parte fui visitar uma amiga, mais do que uma parente.
Acredito numa missão transcendental, a ser materializada aqui, agora.
Meus sonhos sofrem com minha idade.
Vivo, com os dedos endurecidos....uma hora enrijece de vez. mesmo o teclado, se confunde com a idade.
Ah choveu, ao final do dia, e esfriou.
Igualzinho ao Brasil.
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