Meu caminho
não tem chegada,
é uma continuidade
de desafios.
Luta por sobrevivência...
Surpreendem-me
as marés constantes,
insurgentes,
desestabilizam...
terreno movediço
da realidade
sufocante.
Os dias percorrem
travesseiros noturnos,
vigílias inseguras
do amanhã.
A novela distrai,
o futebol distrai,
o prazer distrai...
O silêncio do futuro
são os ruídos
permanentes
do presente.
Nada muito explícito,
sorrateiro,
acompanha o féretro
do destino.
Impossível acomodar-se!
O Sol esconde,
com seu brilho
a implacável vileza
da realidade.
Vou assim,
sonâmbulo,
meio em mim,
meio fora de mim,
refletindo onde posso
por os pés.
Um mal sem rosto,
imposto;
uma fome guardada,
escondida;
um amor adiado,
para quando?
Deixo um pensar
inseguro,
visitado pelo medo,
enquanto o dia não vem...
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