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Eleições em Taboão da Serra mais parecem eleições distritais

Uma cidade, dentro da grande São Paulo, com um pouco mais de 20 km2, tem eleições municipais completamente diferentes de Sampa. Em São Paulo, o eleitor nem sempre tem a oportunidade de ver o seu candidato frente a frente e ter condições de estabelecer um diálogo com o mesmo. Em Taboão não, muito ao contrário. Ali o eleitor é assediado por vários candidatos, a ponto de cansar-se. Sua decisão é tomada considerando a todos os que conheceu. Ora isto é ou não é voto distrital? Creio que sim, Taboão da Serra faz a experiência do voto distrital já há várias eleições. O eleitor sabe quem é quem, das virtudes e dos defeitos, de quem é ficha limpa e de quem é corrupto. Estou participando das eleições em Taboão da Serra e vejo como muito positiva esta experiência. Aqui concorrem principalmente dois candidatos a prefeitura: um tucano, o Sr. Fernando Fernandes, e o Sr. Aprígio, do PSB. Ambos parecem evitar-se nas ruas. Fernando Fernandes apareceu primeiro, mas parece estar perdendo força. Inicialmente diziam que a eleição estava ganha e que Fernandes seria o vencedor inevitável. Ocorre que ao se sair às ruas com Aprígio, empresário da construção civil na cidade, percebeu-se que a situação era bem diferente, isto é nem a população tem Fernando Fernandes como seu candidato, nem existe resistência a Aprígio. O que ocorre é que a eleição está aberta. Aprígio, que tem Wagner, do PT, como vice, está indo às ruas em grandes mutirões, entrando em contato com comerciantes, e povo, sem distinção. A eleição parece estar indefinida, mas pelo andar da carruagem vejo Fernandes perder fôlego, enquanto Aprígio se torna conhecido. O final será olho a olho. Governo do Estado e Governo Federal se envolverão em algum momento. Vamos ver.

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