Pular para o conteúdo principal

Surgem os evangélicos não praticantes

O fenômeno da secularidade, da perda da espiritualidade, do render-se ao mundo e ao que ele nos oferece de material e de consumo, não atinge mais apenas aos católicos. Agora os evangélicos também entraram no rol do não praticantes. Quando os católicos eram a maioria absoluta, e os evangélicos a minoria, muitas eram as críticas à existência dos chamados católicos não praticantes. Com o aumento de uma minoria de evangélicos para um percentual mais representativo, surge também neste segmento religioso o mesmo fenômeno dos NÃO PRATICANTES. Como explicarão este fenômeno? Porque eles estão deixando de frequentar suas igrejas? Será pelo mesmo motivo dos católicos? Creio que não, mas isto fica para a próxima vez.  Esta matéria foi retirada do IG.


15/07/2012 - 05h30

Evangélicos estão menos vinculados às igrejas

Publicidade
DENISE MENCHEN
DO RIO
O crescimento do número de evangélicos no país foi acompanhado pela expansão dos fiéis que transitam por mais de uma igreja ou que não têm vínculos com nenhuma instituição.
O fenômeno, observado por pesquisadores da área, foi detectado também pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou em junho dados do Censo 2010 sobre a religiosidade dos brasileiros.

A pesquisa mostrou que, ao serem questionadas sobre sua religião ou culto, 9,2 milhões de pessoas (4,8% da população) responderam simplesmente ser evangélicas, sem citar nenhuma igreja específica. Em 2000, foram pouco mais de um milhão.
Como os recenseadores não fazem perguntas adicionais, não é possível saber se de fato todo esse contingente frequenta mais de uma igreja, se frequenta só uma ou não frequenta nenhuma.
"A oferta de igrejas aumentou muito, e elas já não exigem aquela adesão irrestrita do passado", diz Edin Sued Abumanssur, do Departamento de Ciências da Religião da PUC-SP.
O demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, aponta ainda que, atualmente, parte dos evangélicos já não frequenta nenhuma igreja.
"Assim como há os católicos não praticantes, hoje existem os evangélicos não praticantes", compara.
Para explicar o fenômeno, há várias hipóteses: desde a decepção dos fieis com a igreja que frequentavam até os custos elevados da vida religiosa, passando pelo aumento do individualismo e pela busca por mais autonomia.
Ao mesmo tempo, tem se tornado mais comum a tentativa de evangélicos de ocupar o espaço público. "É algo relativamente recente, porque eles sempre foram minoria. Agora que estão tendo mais expressão, querem obter mais visibilidade", diz Abumanssur.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...