CICLO NATURAL
Um gota constante
na chuva matinal
da casa,
metrônomo
dos dias vãos...
Sonolento ouço,
sonho na alma,
o batimento
das grandes ordens...
Como se pode
marcar tempo
para nada?
Quem domina
afazeres inerentes,
retira o afago matinal
para estabelecer
ordem indesejada?
Há de se combinar
elementos na vida,
os brotos
que rompem a terra,
alcançam o céu,
folhas amarelas
exauridas no chão.
varridas ao final da tarde.
Há de se saudar
este desencontro
permanente,
vida e morte,
que acaricia,
sonhando,
despedindo-se.
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