Pular para o conteúdo principal

A DESCOBERTA DA INÚTILIDADE

 Tudo inútil!

Tudo inútil!


Somos incapazes de amar!

Somos duros de coração,

como Somos.


Incapazes de quebrar 

o grilhões de atividades inúteis 

que nos ocupam durante todo dia.


Não fazemos o principal.

Acumulamos erros sobre erros, 

e pior, os esquecemos.

Acostumamo-nos com nossos erros.

Pobres de nós,  

pobres dos que convivem conosco.


Pensamos em liberdade, 

mas somos prisioneiros.


Pensamos em fraternidade, 

mas continuamos egoístas. 


Para ser feliz de verdade, 

para ter amor de verdade, 

é preciso muito mais 

que uma decisão pessoal.


É preciso saber 

como é o amor verdadeiro, 

como é a verdadeira liberdade.


Ela ultrapassa sonhos partidários, 

é  muito mais profunda.


Jesus Cristo foi desfigurado 

vem sendo vendido 

a preço de dízimos 

que enriquecem alguns 

empobrecem muitos.


Ele que abriu mão de tudo, 

para expos a verdade, 

escondida pelos poderosos 

de seu tempo,

e por isso 

foi perseguido e morto.


Ele sabe como é o amor

a ponto de personificar

o amor.


Está fidelidade à verdade e ao amor

Lhe dez vencer a morte, 

podendo ser encontrado ainda hoje

se houver uma decisão,

íntima e pessoal 

de qualquer um para isso.


Ele nos convida 

a fazer este desafio 

de transformar-se 

para os outros,

abrir mão de si


Ele que é desprezado 

por uns 

e desfigurado por outros.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de solução

Homenagem a frei Giorgio Callegari, o "Pippo".

Hoje quero fazer memória a um grande herói da Históra do Brasil, o frei Giorgio Callegari. Gosto muito do monumento ao soldado desconhecido, porque muitos heróis brasileiros estão no anonimato, com suas tarefas realizadas na conquista da democracia que experimentamos. Mas é preciso exaltar estas personalidades cheias de vida e disposição em transformar o nosso país numa verdadeira nação livre. Posso dizer, pela convivência que tive, que hoje certamente ele estaria incomodado com as condições em que se encontra grande parte da população brasileira,  pressionando dirigentes e organizando movimentos para alcançar conquistas ainda maiores, para melhorar suas condições de vida. Não me lembro bem o ano em que nos conhecemos, deve ter sido entre 1968 e 1970, talvez um pouco antes. Eu era estudante secundarista, e já participava do movimento estudantil em Pinheiros (Casa do estudante pinheirense - hoje extinta), e diretamente no movimento de massa, sem estar organizado em alguma escola,