Pastor, evangélico desde 1994, Adenilton Turquete se converte à Igreja Católica após 20 anos em igrejas evangélicas
Hoje faz exatamente 20 anos do meu batismo na Igreja
Assembleia de Deus. Foi em 27 de Março de 1994,
domingo, na igreja sede da Assembleia de Deus no
Brás (Ministério em Madureira, hoje mais conhecida
como AD Brás).
Foi um momento marcante em minha vida, eu estava
vivendo uma linda experiência de conversão e aquele
ato batismal era o cumprimento de uma decisão
tomada poucos meses antes, quando aceitei a
Jesus como meu Salvador. Sempre fui apaixonado
pelo Evangelho desde criança, quando ganhei
minha primeira Bíblia aos sete anos, poderia até
ver isso como uma vocação sacerdotal.
Passados estes vinte anos eu vivo novamente
a experiência da conversão, mas desta vez
minha fé me trouxe de volta à Igreja Católica
Apostólica Romana.
No período em que estive na Assembleia de Deus
participei de grupos de mocidade, fui professor
de Escola Bíblica Dominical e cursei Teologia
(Básico) pela EETAD, curso que deixei pela
metade para viver o meu sonho de trabalhar
em uma emissora de rádio.
Por um período de sete anos eu apresentei
um programa chamado "Jovens Para Cristo",
que era patrocinado pelos membros da igreja.
Neste período eu trabalhei como funcionário
desta emissora até o seu fechamento pela
Anatel em 2002. Após o fechamento da
emissora de rádio, passei por um período de
depressão e me afastei da igreja.
Meses depois eu, por conta própria, decidi
procurar uma igreja diferente para frequentar,
um misto de vergonha e orgulho me impediu
de retornar à minha antiga congregação.
Deste tempo, até aqui, fui membro de três
igrejas diferentes, passei por altos e baixos
na minha fé. Apesar de sucessivas decepções,
aconteceu a maior dádiva da minha vida,
conheci a moça que hoje é minha esposa
e mãe de meu filho. Deus me abençoou
com uma família maravilhosa.
Nestes últimos anos desenvolvi diversas
atividades ministeriais, especialmente
voltadas para a evangelização de jovens,
também ministrei cursos para formação de
lideres e obreiros. Até que cheguei ao pastorado,
fui pastor auxiliar pelo período de um ano e
pastor titular por outro período de um ano em
uma congregação que inaugurei junto ao
ministério do qual fazia parte.
Pouco depois do nascimento de nosso filho,
por motivos alheios à minha vontade, renunciei
à direção da igreja que pastoreava e meses
depois entendi que deveria abrir mão do
ministério pastoral. Era dia 12 de Outubro de
2012 eu preguei o meu último sermão na
igreja sede da igreja que congregava e
sabia que não retornaria mais a um
púlpito na condição de pastor.
Tudo que eu sempre almejei e alcancei,
deixei pra trás, somente restou em meu
coração a ardente paixão pelo Evangelho
e minha vida consagrada a Cristo. Ao
longo desta experiência muita dor, angústia
e lágrimas derramadas.
Talvez, nesse ponto, você esteja se perguntando
o motivo de atitudes tão drásticas, tão radicais.
Tais motivos, claro existem, mas decidi não
falar sobre tais assuntos no momento.
Reencontro com o catolicismo
Fui criado católico, fui batizado, fiz a primeira
comunhão, mas aos 18 anos, nenhum destes
fundamentos fazia o menor sentido pra mim.
Na adolescência fiz parte de movimentos ligados
à "Teologia da libertação" e com o passar
do tempo fui me afastando da igreja. Aos 18
anos aceitei ao convite de um amigo e fui
com sua família a um culto da Assembleia de
Deus, fiquei maravilhado com aquela atmosfera.
Nunca havia sentido uma sensação tão boa,
eu me senti tocado por Deus e aceitei seguir
aquele caminho.
De modo algum eu quero invalidar este processo
de conversão. Foi uma experiência real,
verdadeira e produziu frutos em minha vida.
Porém, não é segredo para ninguém que a
expansão do Protestantismo no Brasil,
especialmente o ramo pentecostal, se deu
por conta de uma visão anti-católica que,
baseada em textos bíblicos, proclamava a
verdadeira salvação por meio apenas de
igrejas pertencentes a este seguimento.
Igreja Católica era sinônimo de idolatria e
o Papa, o próprio Anti-cristo.
Assembleia de Deus. Foi em 27 de Março de 1994,
domingo, na igreja sede da Assembleia de Deus no
Brás (Ministério em Madureira, hoje mais conhecida
como AD Brás).
Foi um momento marcante em minha vida, eu estava
vivendo uma linda experiência de conversão e aquele
ato batismal era o cumprimento de uma decisão
tomada poucos meses antes, quando aceitei a
Jesus como meu Salvador. Sempre fui apaixonado
pelo Evangelho desde criança, quando ganhei
minha primeira Bíblia aos sete anos, poderia até
ver isso como uma vocação sacerdotal.
Passados estes vinte anos eu vivo novamente
a experiência da conversão, mas desta vez
minha fé me trouxe de volta à Igreja Católica
Apostólica Romana.
No período em que estive na Assembleia de Deus
participei de grupos de mocidade, fui professor
de Escola Bíblica Dominical e cursei Teologia
(Básico) pela EETAD, curso que deixei pela
metade para viver o meu sonho de trabalhar
em uma emissora de rádio.
Por um período de sete anos eu apresentei
um programa chamado "Jovens Para Cristo",
que era patrocinado pelos membros da igreja.
Neste período eu trabalhei como funcionário
desta emissora até o seu fechamento pela
Anatel em 2002. Após o fechamento da
emissora de rádio, passei por um período de
depressão e me afastei da igreja.
Meses depois eu, por conta própria, decidi
procurar uma igreja diferente para frequentar,
um misto de vergonha e orgulho me impediu
de retornar à minha antiga congregação.
Deste tempo, até aqui, fui membro de três
igrejas diferentes, passei por altos e baixos
na minha fé. Apesar de sucessivas decepções,
aconteceu a maior dádiva da minha vida,
conheci a moça que hoje é minha esposa
e mãe de meu filho. Deus me abençoou
com uma família maravilhosa.
Nestes últimos anos desenvolvi diversas
atividades ministeriais, especialmente
voltadas para a evangelização de jovens,
também ministrei cursos para formação de
lideres e obreiros. Até que cheguei ao pastorado,
fui pastor auxiliar pelo período de um ano e
pastor titular por outro período de um ano em
uma congregação que inaugurei junto ao
ministério do qual fazia parte.
Pouco depois do nascimento de nosso filho,
por motivos alheios à minha vontade, renunciei
à direção da igreja que pastoreava e meses
depois entendi que deveria abrir mão do
ministério pastoral. Era dia 12 de Outubro de
2012 eu preguei o meu último sermão na
igreja sede da igreja que congregava e
sabia que não retornaria mais a um
púlpito na condição de pastor.
Tudo que eu sempre almejei e alcancei,
deixei pra trás, somente restou em meu
coração a ardente paixão pelo Evangelho
e minha vida consagrada a Cristo. Ao
longo desta experiência muita dor, angústia
e lágrimas derramadas.
Talvez, nesse ponto, você esteja se perguntando
o motivo de atitudes tão drásticas, tão radicais.
Tais motivos, claro existem, mas decidi não
falar sobre tais assuntos no momento.
Reencontro com o catolicismo
Fui criado católico, fui batizado, fiz a primeira
comunhão, mas aos 18 anos, nenhum destes
fundamentos fazia o menor sentido pra mim.
Na adolescência fiz parte de movimentos ligados
à "Teologia da libertação" e com o passar
do tempo fui me afastando da igreja. Aos 18
anos aceitei ao convite de um amigo e fui
com sua família a um culto da Assembleia de
Deus, fiquei maravilhado com aquela atmosfera.
Nunca havia sentido uma sensação tão boa,
eu me senti tocado por Deus e aceitei seguir
aquele caminho.
De modo algum eu quero invalidar este processo
de conversão. Foi uma experiência real,
verdadeira e produziu frutos em minha vida.
Porém, não é segredo para ninguém que a
expansão do Protestantismo no Brasil,
especialmente o ramo pentecostal, se deu
por conta de uma visão anti-católica que,
baseada em textos bíblicos, proclamava a
verdadeira salvação por meio apenas de
igrejas pertencentes a este seguimento.
Igreja Católica era sinônimo de idolatria e
o Papa, o próprio Anti-cristo.
Passei a ver o catolicismo como uma religião
idólatra e anti-bíblica. Por anos tive esta visão
e convicção.
idólatra e anti-bíblica. Por anos tive esta visão
e convicção.
No auge da rede social Orkut, entrei em uma
comunidade de debates entre católicos e evangélicos
. A comunidade "Debate Católicos e Evangélicos"
carinhosamente chamada de "DC&E" congregava
um número interessante de pessoas tanto católicos
quanto evangélicos, ali tínhamos debates
teológicos de grandeza magistral, mas também
exemplos extremistas de fundamentalismo
religioso, de ambas as partes.
Logo em minha primeira participação na
comunidade entrei em um tópico que debatia
algo sobre as Escrituras, fui logo confrontando
e declarando de que adiantava debater sobre
a Bíblia e não acreditar, nem fazer o que ela
mandava.
Naquele dia eu levei a maior surra de interpretação
bíblica, apanhei até cansar de um católico chamado
Paulo, mais conhecido como Confrade. Eu não
tinha argumentos, mesmo sendo um leitor ativo da
Bíblia, me considerando apto a debater as
Escrituras, eu fui calado pela sabedoria e
conhecimento daquele rapaz. Derrotado, pedi
perdão pelo equívoco...
Passei e estudar com mais afinco o catolicismo, seus costumes, o Magistério, a Tradição, os dogmas, especialmente os ligados a Maria, mãe do Mestre.
O efeito disso foi a anulação do sentimento
anti-catolicismo adquirido e o início de uma
fase de fraternidade e aprendizado. Porém,
nunca concebi a ideia de me tornar católico
novamente. Deste período de debates
surgiram amizades, encontros, como o
da foto abaixo.
Esta imagem é um registro histórico de um dos orkontros realizados pelos membros da comunidade. Este foi o primeiro em São Paulo, havendo outros no Rio de Janeiro e algumas outras cidades do Brasil.
A comunidade foi fundamental para renovar
a minha mente. Passei a enxergar a Igreja
Católica com a Igreja de Cristo, todo protestante
deve entender que, sem ela, o Evangelho não
nos alcançaria.
No entanto foram necessários alguns anos para
que eu entendesse que deveria regressar à
Igreja mãe. Foram necessárias várias decepções,
muitas frustrações, para poder abrir o meu coração
e conceber que meu lugar é na Igreja Católica.
Após renunciar ao pastorado e à direção de uma
igreja, eu me desintegrei. Não queria mais saber
de templos e religião institucionalizada.
Decidi romper com a religião. Eu tinha a minha fé,
acreditava em Deus e viveria para fazer o bem e
por minha família. Não queria mais vínculo com
denominação alguma, minha religião era Cristo,
e pronto.
Iniciei o projeto deste blog [Compartilhando a Graça],
compartilhando textos com amigos do Facebook.
Comecei a escrever sobre a fé cristã, postar
reportagens e notícias sobre os cristianismo,
inclusive algumas polêmicas e escândalos.
Até que um belo dia escrevi o texto Castel Gandolfo:
Onde o Papa passa as férias. Isso foi no dia 11 de
Janeiro de 2013, no início da noite.
Foi uma noite mal dormida, pois sonhei com o
Papa Bento XVI e a ideia de ser novamente um
católico. Cheguei a comentar com minha esposa: "...
e se eu voltasse para Igreja Católica?"
A ideia se transformou em desejo, e o desejo,
decisão. Eu comecei a compartilhar isso com
meu amigo Marcio Araújo, mais um remanescente
da "DC&E", e desde então ele tem me ajudado.
Márcio é dono da página Beleza da Igreja Católica
e tem sido um grande incentivador da minha jornada.
Pouco tempo depois criei a página Francisco, o
Papa da humildade, fiquei maravilhado com a mensagem cristocêntrica do Papa, só faltava conferir se a Igreja
correspondia a tamanho entusiasmo.
Comecei a participar da Missa, mas mantive a
discrição. No início ia para observar, mas, com
o passar do tempo, eu já estava envolvido de
corpo e alma. Um determinado dia marquei uma
reunião com o padre Douglas, pároco da nossa
região. O recebi em minha casa para um café da
manhã e conversamos bastante.
Foi muito especial, contei a ele minha história e
tenho recebido o seu apoio e instrução, iniciei
o curso de Crisma a pouco dias em uma classe
de Catequese voltada para os adultos. Estou
vivendo intensamente este processo de conversão,
aprendendo a viver esta fé milenar em sua plenitude.
Se alguém tiver alguma pergunta a me fazer ou
comentário específico, por favor envie email paraatusturquete@hotmail.com ou me adicione no Facebook: https://www.facebook.com/atusturquete
Não responderei a anônimos e nem tenho a
intenção de fazer comentário agressivos à fé
de quaisquer.
(Compartilhando a Graça)
comunidade de debates entre católicos e evangélicos
. A comunidade "Debate Católicos e Evangélicos"
carinhosamente chamada de "DC&E" congregava
um número interessante de pessoas tanto católicos
quanto evangélicos, ali tínhamos debates
teológicos de grandeza magistral, mas também
exemplos extremistas de fundamentalismo
religioso, de ambas as partes.
Logo em minha primeira participação na
comunidade entrei em um tópico que debatia
algo sobre as Escrituras, fui logo confrontando
e declarando de que adiantava debater sobre
a Bíblia e não acreditar, nem fazer o que ela
mandava.
Naquele dia eu levei a maior surra de interpretação
bíblica, apanhei até cansar de um católico chamado
Paulo, mais conhecido como Confrade. Eu não
tinha argumentos, mesmo sendo um leitor ativo da
Bíblia, me considerando apto a debater as
Escrituras, eu fui calado pela sabedoria e
conhecimento daquele rapaz. Derrotado, pedi
perdão pelo equívoco...
Passei e estudar com mais afinco o catolicismo, seus costumes, o Magistério, a Tradição, os dogmas, especialmente os ligados a Maria, mãe do Mestre.
O efeito disso foi a anulação do sentimento
anti-catolicismo adquirido e o início de uma
fase de fraternidade e aprendizado. Porém,
nunca concebi a ideia de me tornar católico
novamente. Deste período de debates
surgiram amizades, encontros, como o
da foto abaixo.
A comunidade foi fundamental para renovar
a minha mente. Passei a enxergar a Igreja
Católica com a Igreja de Cristo, todo protestante
deve entender que, sem ela, o Evangelho não
nos alcançaria.
No entanto foram necessários alguns anos para
que eu entendesse que deveria regressar à
Igreja mãe. Foram necessárias várias decepções,
muitas frustrações, para poder abrir o meu coração
e conceber que meu lugar é na Igreja Católica.
Após renunciar ao pastorado e à direção de uma
igreja, eu me desintegrei. Não queria mais saber
de templos e religião institucionalizada.
Decidi romper com a religião. Eu tinha a minha fé,
acreditava em Deus e viveria para fazer o bem e
por minha família. Não queria mais vínculo com
denominação alguma, minha religião era Cristo,
e pronto.
Iniciei o projeto deste blog [Compartilhando a Graça],
compartilhando textos com amigos do Facebook.
Comecei a escrever sobre a fé cristã, postar
reportagens e notícias sobre os cristianismo,
inclusive algumas polêmicas e escândalos.
Até que um belo dia escrevi o texto Castel Gandolfo:
Onde o Papa passa as férias. Isso foi no dia 11 de
Janeiro de 2013, no início da noite.
Foi uma noite mal dormida, pois sonhei com o
Papa Bento XVI e a ideia de ser novamente um
católico. Cheguei a comentar com minha esposa: "...
e se eu voltasse para Igreja Católica?"
A ideia se transformou em desejo, e o desejo,
decisão. Eu comecei a compartilhar isso com
meu amigo Marcio Araújo, mais um remanescente
da "DC&E", e desde então ele tem me ajudado.
Márcio é dono da página Beleza da Igreja Católica
e tem sido um grande incentivador da minha jornada.
Pouco tempo depois criei a página Francisco, o
Papa da humildade, fiquei maravilhado com a mensagem cristocêntrica do Papa, só faltava conferir se a Igreja
correspondia a tamanho entusiasmo.
Comecei a participar da Missa, mas mantive a
discrição. No início ia para observar, mas, com
o passar do tempo, eu já estava envolvido de
corpo e alma. Um determinado dia marquei uma
reunião com o padre Douglas, pároco da nossa
região. O recebi em minha casa para um café da
manhã e conversamos bastante.
Foi muito especial, contei a ele minha história e
tenho recebido o seu apoio e instrução, iniciei
o curso de Crisma a pouco dias em uma classe
de Catequese voltada para os adultos. Estou
vivendo intensamente este processo de conversão,
aprendendo a viver esta fé milenar em sua plenitude.
Se alguém tiver alguma pergunta a me fazer ou
comentário específico, por favor envie email paraatusturquete@hotmail.com ou me adicione no Facebook: https://www.facebook.com/atusturquete
Não responderei a anônimos e nem tenho a
intenção de fazer comentário agressivos à fé
de quaisquer.
(Compartilhando a Graça)
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