
Estou seco de palavras.
Façam o que quiserem,
não me importo.
Nem de escrever
tenho vontade,
por saber
que não adianta
nada.
Tudo continuará a ser como é.
Hoje quero deitar-me na cama
e esquecer que existo.
Porque vejo
sempre o mesmo:
mesmas opiniões
mesmas discussões
mesma marcação
de posição..
mesmos beijos
mesmas ladainhas.
Chega!
Nada muda.
Então
poupem-me
de tanta
inutilidade.
Vou fingir
que viajei,
estou no estrangeiro,
e vocês,
finjam
que estou fora!
Deixem-me
conscientizar-me
de que o mundo
é vulgar
e superficial
mesmo,
ir bem fundo
nesta visão,,
que em algum
instante
voltarei
a ocupar-me
do trivial
e respirarei
o ar
da sequência
dos acontecimentos.
Mas por hoje
não!
Por favor
nem leiam,
para não se
contaminarem
com esta
depressão
existencial.
Quando vem
esta dor
na mente
no coração,
nem o amor
nem a esperança
ou a fé
são capazes
de levantar-me.
Nestes dias
nem Deus
vem ao meu
encontro;
mas dá-me tempo
para separar
o nada
que inunda
o tudo,
e veja
que apenas
Ele sobra.
Como sou um tolo
permaneço deitado.
acreditando
num mundo diferente,
límpido
franco
sem voltas
contornos
barreiras
dominações.
Ao final
percebo-me
pior do que
do que tudo
que se revela
à minha frente,
e num raio
de lucidez
com estupidez,
retorno
ao mundo,
como se não
tivesse
acontecido
nada.
Se ficou algo
disto tudo?
Talvez a perda
de um sorriso
e uma visão
distante
da vida.
Comentários
Postar um comentário