Como deve ser um político?


Deve sentir que existe para fazer o bem, considerar-se

 filho da sua época e apaixonar-se pela verdade



© Mr. Theklan / Flickr / CC

O trabalho de um político é um dos mais exigentes que
existe, pelo seu impacto na vida das pessoas, no bem
comum e no desenvolvimento das comunidades nas
quais os indivíduos buscam se realizar como pessoas.

Podemos nos esquecer do seu significado e desvalorizar
 esta atividade, a tal ponto de ter pensado alguma vez
que os políticos não servem para nada.

político precisa ser filho da sua época, ou seja,
ter uma relação intensa e viva com a cultura, a filosofia,
 a psicologia e as ideias do seu tempo; entender,
 amar e viver seu século; apaixonar-se pela verdade,
 pela justiça e pelas coisas da sua época, olhando
 mais para o futuro que para o passado, voltando
ao passado unicamente em busca de modelos
construtivos de ação.

político precisa levar em consideração os valores
 de hoje, entender como é o jeito de ser atual. Deve
 saber dar ao seu povo o sentido da sua missão na
 história, no momento presente. Que missão a
América Latina tem no mundo de hoje? Que
 missão
 este país tem no mundo de hoje?

Uma coisa é saber dar ao povo sua missão
 na história e outra coisa necessária é que
cada um se conscientize da sua missão
política nestemundo.

político precisa ser uma amplitude de
horizontes
que lhe permita ver em outras ideologias,
em
outras posturas, aspectos positivos, que o
levem a coincidir com elas em sua incessante
 busca da verdade e do bem comum.
Ficam descartados os políticos de mente
fechada.

político precisa ter uma relação muito familiar
 com o cosmos e com o ser transcendente
 (no caso de ser religioso), ou seja, sentir que
 está realizando algo no mundo, que existe
para algo no mundo e que precisa fazê-lo bem.

A impaciência é a principal causa do fracasso
 de muitos políticos. É preciso saber esperar.
É preciso preparar-se dia a dia. As metas são
 alcançadas degrau a degrau, e não com um só salto.

político atual precisa possuir competência
científica, capacidade técnica e experiência
profissional. Antes era possível ter políticos
intuitivos, mas já não há dúvida de que o estudo
científico não tira nada da intuição, mas, pelo
 contrário, a aperfeiçoa, a dirige e evita muitos
 erros nos quais ospolíticos puramente
 empíricos podem cair.

Assim se consolida no tempo o político
visionário que sabe ver o futuro e tomar
antecipadamente as decisões mais adequadas.

(Artigo de Julio César Arreaza, publicado por
 Reporte Católico Laico)

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