AGUARDANDO...

 


Escapaste outra vez...


Sempre que a tenho por perto, 

me escapas, 

borboleta azul celeste 

destas terras áridas.


Esguia, 

adormeces a eternidade 

das minhas ansiedades...

despertas tarde demais, 

quando o Sol resseca desejos.


És a ingenuidade no mundo, 

distração do mal...


Crês nos campos de lírios, 

abertos para o amor...


Toco a flauta baixinho, 

quem sabe ouças, 

inclua o chamar 

nos teus sonhos 

embalados de esquecimento.


Os dias vão contados 

em segmentos 

santos e profanos 

de tuas marés, 

e distante, aguardo 

o despertar ...

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