Não percebo mudanças
um dia após outro.
A consciência ignora
seu progresso inconsciente.
Me vejo
muitas vezes estático,
repetitivo.
As noites lançam
estas luzes ocultas
dos escuros dias.
Talvez alguns anos
mostrem diferenças...
Seguimos no lusco-fusco,
meio às apalpadelas
de quem somos,
onde estamos,
o que queremos,
para onde vamos...
Do passado distante
até me esqueço,
e surpreendo-me
quando citam algo que fiz.
Consinto assim
fingido de mim.
Meu ser passeia no tempo
como as marés...
vai e volta,
vai e volta...
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