Pular para o conteúdo principal

Ambiente: meteorologista italiano apresenta teoria polêmica sobre o clima

Em seu livro "O futuro da Terra está escrito na Lua", Roberto Madrigali tenta explicar como é governada a máquina climática do planeta
Por Giampiero Valenza
12 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Vórtices polares, cumulus nimbus, baixa pressão, anticiclones e gradientes térmicos são alguns dos termos técnicos cada vez mais comuns na previsão do tempo, que, aliás, se tornou um verdadeiro compromisso diário para os espectadores dos telejornais.
No caso de eventos "extraordinários" como as fortes chuvaradas que causam inundações, danos e vítimas, a causa geralmente aceita é o aquecimento global,ofenômeno do aumento da temperatura média do planeta que seria provocado, segundo alguns, pelo “irresponsável e perverso” desenvolvimento industrial humano. Grande parte da própria comunidade científica repete há anos: devemos poluir menos para frear esta mudança climática tão desastrosa.
O meteorologista italiano Roberto Madrigali vem estudando os fenômenos climáticos há tempos. Em meio aos dados, medidas e efeitos estudados, ele encontra algumas causas diferentes das que são oficialmente indicadas pela ciência: isto o inclui no grupo cada vez maior dos chamados “negadores do aquecimento global”, que implica uma posição desconfortável e perigosa para um estudioso, já que vai contra o clichê dominante.
O meteorologista toscano ousa ser uma das vozes fora do coro. Em seu livro "O futuro da Terra está escrito na Lua", Madrigali tentar explicar o que é que governa o clima da Terra. Ele introduz, nas já complexas máquinas climáticas, duas novas engrenagens, consideradas por ele como os verdadeiros motores da circulação atmosférica: o jet stream e a Lua.
Não seria, portanto, o aquecimento global causado pelas atividades humanas o verdadeiro culpado pelas atuais mudanças climáticas.
Acontece que esta teoria traz consigo consequências revolucionárias, que levam o autor a revelar a verdadeira extensão da sua intuição: a capacidade de fazer previsões do tempo a longo e longuíssimo prazo.
Madrigali sabe qual é, midiaticamente, o lado mais polêmico da sua teoria: a negação do aquecimento global e a afirmação do início do ciclo terrestre natural e histórico de uma nova era do gelo.
Negar o aquecimento global não significa não combater a poluição e a exploração descontrolada dos recursos naturais. Combater esses comportamentos irresponsáveis é um dever da humanidade: mas não porque eles sejam a causa do aumento da temperatura. Esta é a precisação em destaque no estudo de Madrigali.
O livro evita os meadros da complexidade técnica. A teoria do autor é explicada com clareza e recorda que certos fenômenos, vistos hoje como extraordinários, são realidades já ocorridas de forma cíclica no passado, o que traz ao leitor uma visão diferente sobre o aquecimento global.
O que é certo é que o clima é um assunto complexo, e, com este livro, Madrigali tenta dar a sua contribuição inovadora para ajudar a compreendê-lo. A obra é um ímã para críticas e ridicularizações, mas o autor parece ter uma resposta também para isso.
Título original: Il futuro della Terra è scritto nella Luna: Come liberarsi dalle bufale del clima, prevedere il tempo che verrà e prepararsi ad una nuova era glaciale. Teoria Madrigali sui cambiamenti climatici
Autor: Roberto Madrigali/ Presentazione di Augusta Busico, Pinuccio D'Aquilo
Aracne editrice

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

Profeta Raul Seixas critica a sociedade do supérfluo

Dia 21/08/2011 fez 22 anos que perdemos este incrível músico, profeta de um tempo, com críticas profundas à sociedade de seu tempo e que mantém grande atualidade em suas análises da superficialidade do Homem que se perde do principal e se atém ao desnecessário. A música abaixo não é uma antecipação do Rap? Ouro de Tolo (1973) Eu devia estar contente Porque eu tenho um emprego Sou um dito cidadão respeitável E ganho quatro mil cruzeirosPor mês... Eu devia agradecer ao Senhor Por ter tido sucesso Na vida como artista Eu devia estar feliz Porque consegui comprar Um Corcel 73... Eu devia estar alegre E satisfeito Por morar em Ipanema Depois de ter passado Fome por dois anos Aqui na Cidade Maravilhosa... Ah!Eu devia estar sorrindo E orgulhoso Por ter finalmente vencido na vida Mas eu acho isso uma grande piada E um tanto quanto perigosa... Eu devia estar contente Por ter conseguido Tudo o que eu quis Mas confesso abestalhado Que eu estou decepcionado... Porque ...

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal

Foi em uma conversa sobre a qualidade dos poemas, quais aqueles que se tornam mais significativos em nossa vida , diferentemente de outros que não sensibilizam tanto, nem atingem a universalidade, que Betty Vidigal foi buscar, de outros tempos este poema, "Escondido no Bolso do Vestido", que agora apresento ao leitor do Pó das Estradas, para o seu deleite. O que escondo no bolso do vestido  não é para ser visto por qualquer  um que ambicione compreender  ou que às vezes cobice esta mulher.  O que guardo no bolso do vestido  e que escondo assim, ciumentamente,  é como um terço de vidro  de contas incandescentes  que se toca com as pontas dos dedos  nos momentos de perigo,  para afastar o medo;  é como um rosário antigo  que um fiel fecha na palma da mão  para fazer fugir a tentação  quando um terremoto lhe ameaça a fé:  Jesus, Maria, José,  que meu micro-vestido esvoaçante  não v...