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9 de novembro. Manhã de sol em Sampa




Manhã maravilhosa esta de hoje em São Paulo.

Peguei minha magrela, perdão Bike - mudaram os nomes para pior- e fui dar umas voltas pela Vila Sônia.

Com uma Hipertrofia moderada no coração, resultado de negligência de longo prazo quanto a exames regulares, saí em uníssono - compasso moderado também.

Sinceridade?

Não me sinto "hipertrofiado", mas concordo que percebi uma baixa da qualidade de minha saúde no último ano.

Não faz mal, sinto-me, isto sim, realizado, não economicamente, ou materialmente - mesmo porque esta é uma questão que não me seduz -  mas quanto a vida em si, a compreensão dela, de seu significado, enquanto vivo.

Estou de bem com a vida.

Como se diz, já plantei uma árvore, já escrevi livros, e tenho neto até.

Vivo do lucro.

O que me garante vivo ainda é o amor, a justiça.

Deus está no fim da linha, e no meio e antes.

Mais do que está, Ele é.

Tenho algumas decepções fortes, difíceis de serem digeridas e perdoadas, que rumino.

Atingem a Igreja, sacerdotes, políticos.

Até a mim atingem, pelas minhas fraquezas.

O pior, atingem amigos, os quais tinha muita, muita consideração.

Tenho alegrias, que estão sendo substituídas por outras alegrias, meu neto, o amor pela Meg que se sustenta neste período tão estranho do mundo, de liberdade com perda de valores.

Tudo isto passa ao lado, quando pego minha "bike" e saio por aí.

Porque o Sol brilha e queima esta porcariada toda que teima em enrabichar-se no meu cérebro.

Curiosamente não cantei no caminho, eu que compus muitas músicas estes dias.

Foi um tempo para o corpo, tão destratado, fatigado, deitado, esquecido, amado.

Afinal é a minha máquina e deve ser cuidada.

Até quando?

Pois é...

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