Pular para o conteúdo principal

Déficit de 10% em 2007, caiu para 8,53%, representando 5,24 milhões de residências

25 DE NOVEMBRO DE 2013 - 13H18 
Pesquisa do Ipea indica redução no déficit habitacional no país 
Ipea: redução no déficit habitacional no país foi de 2,47%.

Pesquisa do Ipea indica redução do déficit habitacional no Brasil


Pesquisa publicada, nesta segunda-feira (25), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), indica redução do déficit habitacional no país. Elaborado com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-2012), o estudo mostra que o déficit de 10% do total dos domicílios brasileiros registrados em 2007 caiu para 8,53% em 2012, o que representa 5,24 milhões de residências.

Joanne Mota, no Portal Vermelho


De acordo o estudo, essa redução ocorreu ao mesmo tempo em que houve incremento do número total de domicílios. E mais, houve queda, tanto em termos absolutos quanto relativos, no que diz respeito à precariedade (rústicos ou improvisados), à situação de coabitação (famílias conviventes com a intenção de se mudar ou residentes em cômodos) e ao adensamento excessivo em imóveis locados (àqueles com mais de três habitantes utilizado o mesmo cômodo). 

Outro dado apontado pela pesquisa indica que o déficit brasileiro é majoritariamente urbano – 85% do total –, restando à área rural um número aproximado de 742 mil famílias nesta condição em 2012. É interessante destacar que enquanto o déficit urbano praticamente manteve-se estável neste período, o rural caiu em aproximadamente 25%. 



Fonte: Ipea


Pelo Brasil

O Ipea ainda constatou que pelo Brasil o comportamento geral foi de queda, mas em diferentes níveis. A Unidade da Federação com maior número de domicílios em situação de déficit é o estado de São Paulo (1,12 milhão).  Outro aspecto importante refere-se à participação do déficit metropolitano no déficit total dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, concentrando mais que 50% do total estadual em ambos. 

As regiões Sudeste e Sul apresentam os menores déficits relativos do país, apesar do  estado de São Paulo, como destacado anteriormente, apresentar o maior déficit em termos absolutos. Os valores absolutos elevados decorrentes da concentração populacional levam estas duas regiões, somadas, a ter aproximadamente 50% do déficit total brasileiro (39% para o Sudeste e 11% para o Sul). Em ambas houve redução do déficit relativo e absoluto em todos os estados (Tabela 5, Figura 2 e 3), com exceção de São Paulo, onde o déficit absoluto ficou praticamente estável (1,106 milhões de domicílios em 2007 e 1,113 milhões em 2012). Em termos de redução do déficit relativo, destaque para os estados do Rio Grande do Sul (decréscimo de cerca de 32%) e Espírito Santo (26,1%). 

No Centro-Oeste, à exceção do Mato Grosso do Sul, houve aumento do déficit absoluto.Em termos absolutos o déficit total de 420 mil domicílios (que representa 8% do déficit brasileiro em 2012) concentra-se no estado de Goiás e no Distrito Federal, com respectivamente 38% e 28% deste total. Em termos relativos, o déficit no DF atinge aproximadamente 14% do total dos domicílios em 2012, enquanto nos demais estados este valor é em média de 7,6%. 

No Nordeste do país, o déficit atinge aproximadamente 1,61 milhão de domicílios, concentrados principalmente nos estados do Maranhão (25% do total) e Bahia (22%), além do Ceará e de Pernambuco, ambos com aproximadamente 15% do total da região. O Maranhão também é destaque no déficit relativo, com cerca de 21% do total de domicílios no estado. Apenas os estados do Rio Grande do Norte e Sergipe mantiveram índices crescentes.

No que se refere à região Norte, os estados de Roraima, Acre, Amazonas e Roraima apresentaram alta do déficit habitacional. A pesquisa ainda sinalizou que o déficit total dessa região é de 536 mil domicílios, sendo que Pará e Amazonas tinham aproximadamente 73% do déficit total na região no ano de 2012. No entanto, apesar desta concentração, observa-se que estes estados tiveram comportamentos distintos quanto à evolução do déficit no período.  Enquanto o Pará reduziu o déficit absoluto em 11,8% e o relativo em 24,2%, o estado do Amazonas teve um incremento do déficit total de 13,6%, não  gerando impacto no déficit relativo.

Conheça o relatório da pesquisa.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...