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Procurador-geral de SP é acusado de 'atuação política' em ação

8 DE NOVEMBRO DE 2013 - 8H26 

Procuradores do Estado de São Paulo acusam o procurador-geral Elival da Silva Ramos de "atuação política" em favor do governador tucano Geraldo Alckmin ao ajuizar uma "ação inepta" contra empresas acusadas de formar um cartel para fraudar licitações do Metrô e da CPTM, conhecido como propinoduto tucano.


De acordo com a procuradora Márcia Semer, presidente da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo (Apesp), entrar na Justiça contra a multinacional alemã Siemens "foi mais uma ação política do que um trabalho jurídico de recuperação da verba desviada do Estado".

Em decisão tomada na terça-feira (5), a juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, mandou o governo refazer a ação e incluir as outras empresas acusadas de conluio.

O Ministério Público já havia pedido que a Justiça rejeitasse a ação por inépcia. "Houve precipitação [do governo em entrar com a ação]. Questionamos sobre a Procuradoria-Geral do Estado [PGE] se prestar a um trabalho de satisfação política mais do que jurídico", disse Márcia à Folha. "O marketing político andou na frente da racionalidade jurídica", completou.

O procurador-geral disse que a “PGE entende que as dúvidas da juíza não são procedentes e que a ação deve prosseguir da maneira que está". Segundo Ramos, a ação tem "caráter puramente técnico".

O Diário Oficial publicou nesta quinta (7) pedido de Alckmin para que a Assembleia Legislativa aprecie em caráter de urgência um projeto de lei elaborado por Ramos, que centraliza o poder de decisão, inclusive no controle de licitações, no procurador-geral.

O procurador-geral afirma que a proposta entrou em caráter de urgência porque o Executivo esperava apreciação em 90 dias — ele tramita na Alesp desde agosto de 2012.

A Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo elaborou abaixo assinado para tentar barrar o projeto e conta com 808 adesões dos 1600 procuradores de SP.


Fonte: Folha de S.Paulo

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