Pular para o conteúdo principal

Vais nascer, Jesus?





Vem chegando o Natal.

E Cristo, já nasceu em você?

Uma espera
morta
aguarda
a viva
descoberta.

Nada antes
tudo depois
morte e vida
nada e tudo.

Cristo está à porta e bate.

Quem ouve?

É preciso
conhecer 
a alma,
romper
a razão
de suas 
ausências.

Descobrir
o fio
invisível
que desata
todas 
as dúvidas,
expõe
a realidade
de forma
translúcida,
inimaginável.

O Menino Jesus...

Serei um Mago
em busca
 da estrela.

Um místico!

Quebrarei
paradigmas
e amizades
circunscritas,
neste místicismo.

Porque
negar-me
completo
nesta viagem
chamada
vida?

Que alegria
advém
unicamente
da ciência?

Que paz
me trará,
sem
descobrir
a vida,
a luta
dos oprimidos?

Rompimento
dos rompimentos,
o nascer
de Cristo
em mim.

Vais nascer
outra
vez,
Jesus?

Porei-me
a enfeitar-te
no presépio
de meu coração?

Quantas 
Marias
não te desejaram
como mãe?

E quantos
Josés
como pai?

Apenas
tua amizade
constante,
silenciosa
secreta
particular,
basta.

Sem os
julgadores
deste 
mundo.

Sem os
donos
da verdade
que o substituem
sem constrangimento,
e o excluem
por ódio
inexplicável
à luz
da razão;
demoníaco.

Nasça
logo
Jesus!

Não esperes
dezembro!

Venha agora!

Grandes
multidões
te esperam!






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...