China: preso o administrador apostólico da diocese de Yujiang

 A China tem grandes conquistas sociais alcançadas. Agora pode permitir maior liberdade de expressão religiosa

Fontes locais confirmam o seqüestro de Pe. John Peng Weizhao, detido há duas semanas em um local não revelado. Enquanto isso, parece iminente a reabertura do diálogo entre Pequim e o Vaticano

Por Redacao

11 de Junho de 2014 (Zenit.org) - Está na prisão, há quase duas semanas, pe. John Peng Weizhao, administrador apostólico da diocese de Yujiang, na China.  A notícia foi divulgada por fontes eclesiásticas na província oriental chinesa de Jiangxi, retomada pela agência Misna, confirmando que o religioso foi levado da sua própria residência, no bairro de Linchuan, na cidade de Fuzhou, no passado dia 30 de maio, e transferido para um local desconhecido .

As razões do desaparecimento não foram publicadas. "Os sacerdotes que estavam com o padre Peng, quando foi preso, reconheceram os funcionários dos Assuntos religiosos de Linchuan", diz a fonte. "Mas quando, na semana passada, foram até os funcionários para perguntar onde ele estava, esses alegaram que não sabiam de nada, porque é uma ação do governo provincial".

Padre Peng foi nomeado administrador de Yujiang pela Santa Sé em 2012, depois da renúncia por questão de idade do bispo Thomas Zeng Jingmu. Em Jiangxi, a comunidade, sob o controle do governo, uniu em 1985 todas as cinco dioceses em uma diocese só, Jiangxi, enquanto a comunidade não registrada continuou a seguir a jurisdição da Santa Sé. Dos três bispos aprovados pelo Vaticano presentes na província, o bispo Zeng é o único prelado que não foi reconhecido pelo governo.

A notícia do desaparecimento do padre Peng coincidiu com a publicação de um artigo no South China Morning Post, um jornal de Hong Kong, que, citando uma fonte próxima à Santa Sé afirma que Pequim e o Vaticano retornarão ao diálogo em breve.

"O Vaticano - segundo o jornal - está agora à espera de Pequim para confirmar a data e local das negociações. A atmosfera para retomar o diálogo é positiva e as mudanças de liderança em ambos os lados criaram uma nova oportunidade de comunicação". (Trad.TS)