Vou guardar a memória
de meus fracassos,
porque os escondo tanto
que os esqueço.
Guardar-me
dos defeitos mais vis
enquanto elogiam.
Finjo não saber de mim.
Às noites o vento de outono
sopra em meus ouvidos
algo profano
como se eu,
ainda exalasse mal.
Remexo incômodo consciente
das fraquezas que acompanham.
Despeço o sono
desperto desejos sórdidos
fraco que sou.
Desta refrega íntima
saio enfraquecido
de crenças e valores.
Assim
sigo atento
às idas e vindas,
sabedor da imperfeição
inerente
parente.
Vem o dia,
Ah...vem!
que hei
de prestar contas
de tudo,
contudo
mudo
não terei
como ser perdoado,
restando apenas
condenação.
Por isso espero
desejo
quero
o perdão sincero
a compreensão do imperfeito.
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