Existe alguém
escondido em mim.
Não fala,
não dialoga diretamente,
não interfere no dia a dia
não está no plano racional
da linguagem,
mas em outro,
quiçá outros,
superiores.
Tem a capacidade
de me ajudar
a compreender
os passos,
eu que ando ermo.
Não define direções,
mas leva a considerar
a importância ou não
do que faço.
Ele é puro,
eu pecador.
Deste encontro
concluo não estar
sozinho em mim,
mas habitado
por outro alguém,
que não conheço,
desfaleço
de tanto procurar,
porque minhas trevas
são imensas
perco-me nelas.
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