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Mostrando postagens de agosto, 2024
AGUARDAR ANCESTRAL
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Estou aguardando o teu sorriso, a vida é bela, não pode ser ignorada. Estou aguardando a tua indignação, doi ver como sublimamos as injustiças, não as enfrentamos. Aguardo tuas palavras, elas trazem oportunidades únicas para um encontro... Até teu silêncio aguardo, porque há ocasiões de calar, silêncio falante, tudo no seu devido tempo.... Estou ansioso em aguardar tua iniciativa, tua fé, olhar para frente, realizar. Tua compreensão estou aguardando, erramos tanto e pagamos o sofrimento das ausências... A consciência, acima de tudo aguardo, principalmente junto aos que desconhecem as causas de sua própria exploração... Teu acolhimento tem extremo valor, mas está guardado, vive de declarações... Passo dias e dias buscando comigo mesmo...
MAR AGITADO, CORAÇÃO MANSO
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Mar agitado, coração manso, estrada tortuosa, pés seguros, céu tempestuoso, olhar sereno. Navegar firme no leme ultrapassa limites, a vida cerca a vida, desafia Divirto-me na caminhada, esquecido dos perigos, amizades acendem ânimos, amor suporta surpresas. Olho o Sol como quem desperta diariamente da morte. Olho a Lua, como um amante espera a amada. Tempo que vai moldando a compreensão. Tudo se ajeita neste ajuntamento disforme.
AFAGO
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Queria um afago... contemplar o acordo dos azuis do céu do mar, deitar-me junto a brisa que passeia distraída de obstáculos. Fechar os olhos por instantes, aspirar o aroma salgado das brumas das ondas absorvidas na areia. Fazer com que a existência flutue em jardins esquecidos, perfumes leves, flores novas... A paz é fundamental, rege o entendimento, o diálogo, pressupõe a existência do amor. A paz precisa de espaço, subsiste nos congestionamentos, metrôs lotados, aperto do tempo, no trabalho que não existe e no trabalho que existe. A paz não luta, dialoga, mas sofre de solidão, porque querem impor um domínio que a sufoca. Por isso o afago se faz necessário. É preciso dar uma oportunidade a mim, a você enquanto é po...
DANDO UM GIRO...
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Enquanto estou por aqui, tudo adquire atenção. Meus passos dão tempo para observação, não tenho olhos fixos. Enquanto presente, prendo acontecimentos no coração, e sofro a confronto das paisagens e a realidade. Estar aqui emprega pés e olhar no caminho imprevisto, surpreende. Tudo destrói se deixo ser, resisto com o que tenho, o tempo que sobra. Não sonho mais, há um deserto seco a ser irrigado. A vida range, ainda move
QUANDO OLHO
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Quando olho, um de mim me acusa, vulnerável, outro desvenda tudo, outro ainda desconhece, permanece natural. Quando olho, meu olhar adianta-se a mim e vai julgando antes metido e sem graça... Meus olhos escondem mil eus... olham com muito cuidado, quase baixam a vista, de tanto que veem, desviam Olho e fecho os olhos, porque cegam-me. Olho e não olho, quem ficou aonde, quem fingiu ser quem foi? Não sei e ainda sou eu desvendando e escondendo
QUEIMADA POÉTICA
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Socorro, meus versos estão pegando fogo, logo tornar-se-ão cinzas... Meu regato de palavras secou. Alta castanheira de versos vistosos consumidos pelas chamas, fuligem de folhas letras. As flores clamavam por socorro, ardiam... Meus versos viraram, letras soltas espalhadas por aí. Como deixar poemas? Não tem mais onça nem tatu, nem jiboia, nem paca... Não tem mais nada. Tem uma fumaça besta se espalhando por aí .. A....V.....s.....O....h. .. Não tem mais como recolher ...e escrever...
ELO SIDERAL
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Os dedos riscam o céu convite inédito espaço profundo decifrando elos de órbitas e pequenos trajetos. Tudo é uma grande unidade que se expande se contrai. Tudo são descobertas novas à espera do caminhar. Giramos em nós circundamos outros perdemo-nos em nós encontramo-nos nós outros As vezes meteoritos outras vezes observatórios outras ainda estrela perdida em nebulosas. Nossas gravidades atraem-se geram órbitas de visitas siderais, afagam-se utópicas. Dependemo-nos enquanto nos expandimos. espaço à fora... Desconhecido ser... Qual substância subsistirá deste encontro impossível ?
MEU IRMÃO DOENTE...(DEGUSTAÇÃO SOLENE)
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Eu o levei a uma confeitaria... Ele já não tinha mais tanto tempo. Sentamos em uma mesa do lado de fora, de forma que ele podia apreciar tudo o que estava acontecendo. Veio café para nós. Ele não dizia uma palavra, apenas observava. Chegou o Strudel, como sempre quis. Quantas viagens não deve ter feito ao saborear o primeiro pedaço, talvez mais do que todas que saboreou durante a vida. Momento solene de degustação da vida, enquanto ainda podia. Eu apreciava com Margarida um mil folhas, poeta que sou.. Mal trocamos palavras ali, valia observar e despedir. Meu irmão se foi. Quem sabe este foi seu último momento de realização. E foi apenas um café em uma confeitaria... Curtir Comentar Enviar Compartilhar
Revista do Livro: João Paulo Naves Fernandes - Autor de: POMAR DE LE...
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DESFALECENDO
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Estou desfalecendo a contragosto. A longa caminhada carrega um ranço que nunca acaba. O frescor da manhã traz esperança, o dia padece de realidade, a tarde sucumbe. Um roda gira gira gira...desfaleço Um dia verei o que há por trás deste moto perpétuo, se algo se altera, se permanece, se há devendares inesperados, despertar contínuo. Até meus sonhos passam tateando tudo, também desfalecem.
INTRUSA
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A fé passeia pela razão como intrusa, trepadeira a sugar seiva do tronco. A lógica é instrumento; deslocada da realidade, mal responde por seus atos, encaminha. O que move vem de cavernas escuras onde enzimas do decorrer da vida formam rios. Não se organiza o somatório, quantidades difusas de experiências boas e ruins induzem. Por isso, às vezes a razão repousa na fé, fatigada de impor tanta ordem.
AINDA HÁ TEMPO?
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Me pergunto se não está tarde, se ainda é tempo, somos tão volúveis, predatórios... Me questiono todo dia... Há algo para cada um e para todos, porque os sonhos nascem em alto mar, hibernam nas montanhas. Porque a presença sempre desejada, sempre adiada, caminha aqui, acolá. Porque a espera faz parte, reparte a ação de seu todo Fico sempre a perguntar se já se esvai o meu tempo; assim realizo tudo apressadamente, porque não sei quando nem onde, nem como
UMA E OUTRA
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A realidade é fria o amor é quente. O encontro descobre, a solidão isola. A margem é limite, o céu se perde. A verdade é nua, a mentira encoberta. O paladar é sabor, o comer saciar. A pedra é dura, a terra esfarela. O jardim amansa, a floresta desafia. A caminhada avança, As estações refletem. O trabalho edifica, a ociosidade destrói. Uma e outra, caminham isoladas e simultâneas no decorrer da vida.
MEDITANDO
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Costumo deixar as letras correrem, mas não é sempre. Às vezes estancam e relutam em sair. Não tem a ver com elas, mas comigo, de como trato meu dia a dia. Não que haja uma relação direta, não há, mas reflete, de alguma forma como marco minha presença na vida. As palavras não visitam a falsidade, pelo próprio hábito da verdade. Muito menos se dão com rotinas, tendem a explodir Vê-se quando não aceitam mentiras. Vê-se quando se realizam. Conclusão: preocupar-se primeiro com a vida, depois com o que vai escrever.
NAO MORRO AINDA
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Por você não morro hoje Tua presença é brisa do mar, rede de paz, descoberta de um mundo novo. Não morro ainda porque da dor brota humanidade, eu tão seco dos anos retalho e costura. Seguro a vida desde cedo, surpreendido, jogado para fora, no mundo. Não entendi o tempo até consumir-me, em aniversários; cadenciam a caminhada desconhecida. Não, não morro agora, o Sol retira pesadelos, e sonhos também, depois chove muito, anoitece... Vivo porque vivo, sigo o mistério destes passos inúteis, acalentando direitos, regrando o amor... insuficientes. Tudo por se fazer, tudo por terminar. Então componho um possível, compreensível... Então vivo O embalar do tempo, vento que refresca a cerviz dura, canto indecifrável dos pássaros. Não morro agora, porquê, não sei deixo acontecer...
COMPOSTO
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Guardo José no meu peito, guardo Sebastiana, guardo Mirian, guardo Pedro, Guardo Margarida, guardo João. Não há mais lugar para guardar, e são tantos... Há sempre alguém fazendo parte de mim, pedindo para morar no meu peito, acolho. Sinto não ser eu quem guarda, mas ser guardado por muitos, porque, ao final, sou composto, eles me tem, eu os tenho.
PENSANDO A VIDA
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Não me dou por vencido, caminho olhos abertos compondo vida. Quando falo emerge verdade, quando ouço descubro compreensão paciência. Enquanto gritam sob a lógica do ódio. reanimo o coração em declarações, porque há espaço e cantos e cores, mares e corais, gente nas praças, criancas brincando em meio a tarde. Neste mundo hostil a coragem é o motor. afoga mares, emerge ninfas Neste mundo de objetos é no valor das pessoas que me apego alço topos e encostas, distante de negócios, e poderes. Caminho reto desde jovem O tempo não destruiu. Hoje, quando deixo escorrer a História entre os dedos, cultivo belas lembranças junto a pomares, retirando pragas, não geram frutos Ainda colho versos.
UMA ESCADA NO PASSADO
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Se eu pudesse trazer-me naquela escada... aquele galho pendido da velha goiabeira, teria matado a fome da infância. Porquê fiquei a olhar e não subi Porquê não arrisquei pular o muro do vizinho quando a goiabeira dava muitos frutos. Era apenas uma escada. Quem propôs a ordem que não transgredi quem definiu o certo é o errado? E escada ainda está lá esperando que eu suba, a goiaba apodreceu no pé esperando quem a colhesse. Fiquei eu parado ao pé da escada, sem saber o que fazer, e era apenas uma goiaba madura esperando, num galho que invadia a casa.
PERIFÉRICO
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As pegadas nas encostas expulsas avulsas, distantes. A igreja amansa arrefece desfalece. A panela esvazia revela apatia envergonha, revolta. O canto recanto espreme parentes, abrigos ressoam gemidos. Espaços desalojados confinados finados enterrados. O pouco que come sufoco diário ronca fome. O trem contém desdém, aperta desperta. A roda volta Revolta
EU SOU
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Eu sou pedra, eu sou água, sou vento. Sou manhã, sou noite, Sol, e Lua. Sou o universo, sou meu quarto. Portas e cercas. Estratégias e momentos. Sou pureza e pecado. Sou a mesa, sou a cama. Tecido fino e retalhos. Sou caminhos, sou beiradas. Sonhos e pesadelos. Sou encontro sou perdido. Palavra e silêncio O que me forma sou. O que me deforma também sou.
ESTAR JUNTO
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Estar junto são montanhas acessíveis, barcos resistentes. Despreza o tempo porque apenas a presença já irriga jardins, e silêncios ressoam muito depois das despedidas. Assim pude descobrir a capacidade de extrair água nos desertos, passear em tempestades, sorrir e chorar, sem medo de expor o cansaço e observar o entorno.
SÍNDROME DO DOMINGO
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O domingo se vai, onde é que não sei que termino, que não sei que saio. Torpor do tempo, embriagado de seus excessos semanais. Tempo que não se refaz de seu descanso obrigatório. Estático dedica o regaço, ao cansaço antecipado do que não ocorreu. Há uma despedida e um início de uma continuidade indefinida. Sigo em perplexo silêncio desconhecido de tudo e de todos. Melhor sossegar e deixar o dia passar.
VASTO MUNDO
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Admiro a liberdade das nuvens, caminham paradas, visitam novas paisagens, revestem-se de formas novas, depois dispersam, misturam-se aos elementos, integradas. À beira dos grandes rios, entretém-me as águas caudalosas passam em mansidão constante, nem sei como se formam, crescem em volume, onde se dispersam, se no mar, grandes lagos... Detenho-me diante de elevadas montanhas, despertam desafios, olhares superiores, convidam a escalar encostas perigosas, reentrâncias novas reconhecer a pequenez. Diante do mar vasto perco a vista, distante da realidade, próxima do sonho, convida mergulhar o desconhecido desafiar. Atraem-me as grandes multidões, suas múltiplas direções, não sabem o que fazem porque fazem, sobrevivem em trajetos preestabelecidos. Sou nuvens, sou rios, elevadas montanhas, mar vasto, espalho-me a sonhar, costurado em gr...
TEIA DA VIDA
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TEIAS DA VIDA Nos encontros das paredes elas armam suas teias e esperam... Fingem não estar lá. Aguardam os ávidos por visitar ambientes, os distraídos, os afobados. A espera é tão grande a fome tanta, que envelopam os enredados e provisionam. Costumo chamá-las de Nininha, porque são membros da casa. Respeito-as em sua ferocidade e surpresa, eu, tão distraído e preso.
RELÓGIO DE CORDA
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Bate tuas horas relógio de corda, nem os galos acordaram. Bate sonolento este tempo infinito, que me dou corda só para te entender. Quem precisa te ouvir? Todos correm! Estás sim, fora do tempo, relógio de corda, paradoxalmente atrasado e no horário. Nós que modificamos o tempo, e o colocamos no museu do esquecimento, de quando andávamos juntos tempo e afazeres. Não te vejo mais na parede, do final da escada, orientando quem sobe, quem desce. Há escassez de tempo.... Quem sabe um relojoeiro possa ajustar... Bate relógio porque ainda há tempo de nos atrasarmos para ajustar a vida.
NÃO DESPERTES
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Acolha minhas fraquezas, meu amor, assaltam o coração na escuridão da noite... Não controlo o passar do tempo, sou-lhe submisso. Até quando estarei deitado junto a ti? Observo teu corpo como um fim, e sofro desde agora. Não saberia despedir-me, ausência que mata. Os fantasmas beijam a escuridão , esfriam a alma. Tenho medo do futuro, no presente, tenho medo de mim, de ti de nós. Temo por tudo, somos tão frágeis. Tantas vezes ignoramos os poderosos. Dorme amor, distraída do fim, pulando corda brincando com teus pés. Não despertes, convida-me a teus sonhos, porque sofro muito.
O FRIO CHEGOU
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São Paulo parece não estar no inverno. Dias quentes de Sol forte e céu aberto. À noite esfria um pouco. O paulistano está acostumado a mudanças bruscas, porque no mesmo dia faz Sol quente e chuva fria. São Paulo é a cidade do individualismo. Por aqui, ninguém quer saber do outro que mora ao seu lado. Cada um cuide de si. Há solidariedade? Sim, nos pequenos grupos, nas igrejas. Ao dormir nesta época, uma coberta é necessária, mas pode ocorrer de ficar muito quente, obrigando quem dorme, sir e voltar para a coberta durante a noite. Isto tem impacto na personalidade do paulistano? Certamente que sim. Por aqui todas as tribos são influenciadas pela constante variação do tempo, da personalidade. Gostamos da mudança de tempo, de negócios. Surpreendemos muitas vezes.
DESPERDÍCIO
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Vivo desperdiçando palavras com muita facilidade. Não trazem novidade e cansam. Porque José não fez isso... Porque Maria fez aquilo... Ah, como gostaria de uma descoberta, uma ideia, uma novidade... De repente, uma rejeição ontológica instiga para profundidades indecifráveis entremeadas na mansa escuridão. Delas ninguém dá conta, desconhecem, sequer indagam... Concluo sobre a tediosa ambiguidade de cuidar de roupas, ou deixar-me levar pelo inacessível. Sou das vestimentas por obrigação, e pelo desafio do livre voar, por vocação. Reconheço a incapacidade cotidiana, rotineira, enquanto aguardo a irupção do profundo infinito. Sou das visões inusitadas, dos beijos do tempo, encontro dos desencontros. Sou do silêncio, tímido e escondido, de poucas palavras substanciosas. Marco presença com ausência, enquanto pesco,...
VULGARIDADE
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Preciso de alguém falando uma bobagem para me encher a cabeça. Alguém inflado de si mesmo, mas medíocre, muito medíocre. Estão em todos os níveis e áreas. Querem aparecer e parecer serem os melhores, e acreditam...são tantos incapazes sequiosos por projeção... Alguns vejo, de outros fujo. Tenho asco a falsidades. Não aguento mergulhar em mim mesmo. Preciso que apareçam com assuntos interessantes mas inócuos, para não perder uma vulgaridade que preciso, para fugir de algo que não sei. Vou dormir com essa...uma oração...que sabe uma oração
INSEPULTO
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Esqueci tudo. Perdi a capacidade de guardar. O suor debaixo do Sol e a majestosa Lua cheia foram insuficientes. Viver é presença, aproveitar o aprendizado da experiência, e sonhar No mais, valem os perfumes que inebriam, os sorrisos nas ruínas, o abraço do perdão, os beijos roubados, a paz dos jardins. Não há como afagar a dureza das pedras Há um esquecer do passado, por mais que escapem aromas É memória, apenas lembranças insepultas.
Domingo de reflexão
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Domingo é um dia de paz e reflexão. O mundo vive um momento conturbado com o aguçamento progressivo de conflitos armados e sanções econômicas do chamado "Ocidente" principalmente à Rússia, Cuba, Irã, e agora também a Venezuela, e em certos casos os países que com estes mantém boas relações econômicas. Mas é domingo. |Ontem estive num sarau de poemas e músicas, de um grupo de idosos. Muito bom. Encontrei alguns amigos, e vi a luta que a população que frequenta o Parque do Jóquey contra a construção de uma estação do metrô dentro do parque. Querem destruir a pista de skate e simplesmente construir a estação lá dentro. Indignação geral. Muita reclamação. Depois voltei para casa. Hoje acordei com a mão direita meio dura, sinal que o reumatismo está presente ainda, mesmo depois da crise que tive. Assim é a vida. Vamos em frente
TEUS PÉS
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Não preciso da dor, com ela convivo. Preciso muito do amor, ele tão raro (suspiro). Entre o campo e o mar, entre o leite e o céu noturno, transparente e mudo, deitei meus despertares... As ondas humanas são mais fortes que o Sol, e teu beijo, amada, é o luar que beija o mar. Meu seco pensar dificilmente se vê, esconderijo nas montanhas difícil de escalar. Entre cabras e feras passeias e te admiram lentas estrelas. Sou feito pedras aguardando teus pés ..
PEQUENO DISCURSO
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Tramam do outro lado do nada. Escondem o sangue das grandes estruturas. Riem das sobras torcem palavras convencem. Os dias passam, anos passam, passa a vida... Não passa a dor, esta fica, pesa, inconsciente. Ficam Palavras, trazem riquezas escondidas, reencontros, despertares, caminhos esquecidos. Permitem aprender ser livre sair de dentro. transformar.
PEITO ABERTO
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Meu peito está aberto! Arranquei o lacre que o impedia de clamar alto. Meu peito é meu! Nele está alojada a verdade. É minha boca escondida no corpo. Quando canto afugento mentiras e me alegro. Viver é ajustar a vida à verdade. Assim livre estarei. Existem marés... vem e vão tempestades e céu aberto. Assim seguimos adernando, velas abertas, Importa seguir de peito aberto, coerente com a vida.
TRISTEZA AMIGA
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Tenho uma tristeza íntima, que teima em ficar. Está em mim e além mar. Perde-se no emaranhado em que somos enredados, luta por escapar das redes, como peixes, sufocados pelo excesso de ar. Constrói moradia permanente, odeia quem mente não tem alegria. Sabe de si, circunspecta diante do mundo, tem consciência das perdas de vida, desperdício de vidas. Segue, muitas vezes silenciosa, outras tanto, criteriosa com o que vê e diz, porque invadem até sua seara interior, onde se justifica. Não pode chorar, contém-se, não aceitam fraquezas, escapa por pequenas lágrimas logo secam. Guarda um interior inexpugnável, do mau, meio como por ele criada, discerne.
AMOR APRENDIZ
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Tenho um amor guardado, ainda por dar. Sente a todo instante, dosa conforme as circunstâncias. Não é proprietário de si mesmo, vai quando vai, fica quando fica. Observa muito os passarinhos em seu afazeres, diverte-se com as nuvens brancas formando figuras, analisa as tempestades. Amor de criança que cresceu, não se esqueceu da infância, inerente ao ser, como comer e beber. De vez em quando, ofertam lógicas de guerra, prazeres sem medida, e esconde-se entristecido. Amor que inunda os olhos, brota novas palavras, torna tudo como é verdadeiramente. Deseja sempre sair, mas preserva-se de ambientes inóspitos. Não passeia à toda hora, respeita as regras, quando o contém. Está sempre aguardando a oportunidade de encontrar-se com alguém...