Quando olho,
um de mim
me acusa,
vulnerável,
outro
desvenda tudo,
outro ainda
desconhece,
permanece
natural.
Quando olho,
meu olhar
adianta-se a mim
e vai julgando antes
metido e sem graça...
Meus olhos
escondem mil eus...
olham com muito cuidado,
quase baixam a vista,
de tanto que veem,
desviam
Olho e fecho os olhos,
porque cegam-me.
Olho e não olho,
quem ficou aonde,
quem fingiu ser
quem foi?
Não sei e ainda sou eu
desvendando e escondendo
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