Eu o levei a uma confeitaria...
Ele já não tinha mais tanto tempo.
Sentamos em uma mesa do lado de fora, de forma que ele podia apreciar tudo o que estava acontecendo.
Ele não dizia uma palavra, apenas observava.
Chegou o Strudel, como sempre quis.
Quantas viagens não deve ter feito ao saborear o primeiro pedaço, talvez mais do que todas que fez durante a vida.
Momento solene de degustação da vida, enquanto ainda podia.
Eu apreciava com Margarida um mil folhas.
Mal trocamos palavras ali, valia observar e despedir.
Meu irmão se foi.
Quem sabe este foi seu último momento de realização.
E foi apenas um café em uma confeitaria...
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