ALTERNÂNCIA



Risco o chão com palavras, 

confundem-se com meus passos.


Não sei qual me explica melhor.


Apalpo como um cego 

a grande realidade, 

malgrado as vastas teorias.


Sinto, 

sem explicar, 

as entranhas do meu ser, 

estranhas ao meu ser 

desconhecidas.


O amor 

passa por dentro e por fora

O olhar 

ultrapassa olhares, penetra, cega

O tocar 

possui notas musicais, 

gravita entre abracos e afagos, 

semibreves e fusas, 

leves e confusas.

O ouvir 

discerne quando quer, 

ou ensurdece.


Mística etérea da concretude, 

alternando sonho e realidade 

no movimento do mar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

PLEBISCITO POPULAR

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal