As passagens permanecem
nas ausências distantes,
vestígios de finitudes..
Gritos tribais ecoam,
desafiam a contemporaneidade,
passado remoto a exaltar
o tempo das cavernas.
Meus momentos
estão sempre morrendo,
deixam lembrancas
progressivamente menores.
Mal vejo o que ficou,
sei que continuo em mim,
pela resina apegada ao coração,
comprimindo as veias.
Quem sabe estes versos, ou outros...
Quem sabe o beijo marcado
no limiar de uma conjuntura,
ultrapassem gerações,
flutuem junto às marés.
Apego-me ao nada
enquanto algo impele-me
a um tudo desconhecido.
Sou pó antes de ser pedra,
orvalho antes da nuvem,
pequena fonte antes do alto mar.
Sou você e eu
nas mesmas circunstâncias,
desavisados peregrinos
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