PREDITO

 


No fim, o tempo 

cobre de flores o dorso, 

presente nunca recebido 

em vida.


Quem sou, 

mais do que amado, 

será esquecido.


Transpor o último útero 

será inusitado, 

desconhecido


Deixamos perguntas 

a nós mesmos, 

questionando intensamente, 

algo por fazer, 

como se ainda 

fôssemos ficar.


Ame, lute, vá até o fim 

em tudo que fizer, 

quem sabe descanse melhor. 


A ilógica da fé poderá ajudar


Não está predito o tempo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

PLEBISCITO POPULAR

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal