COMPORTAS

 


Tenho grandes comportas...


delas fluem sangue e mel.


Descansam de suas cheias...


Estão represadas de seus percursos insólitos. 


Parecem mortas...


Aguardam as distrações da grande ordem 

para irromperem solenes e profanas.


Desdenham os silêncios do tempo, 

decifram as sete chaves 

em que estão colocadas.


Olham os dias 

como correm, 

conscientes 

dos vazios deixados.


Às vezes forçam as saídas, 

e sofrem os reveses 

da grande ordem...

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