PROJETOS

 


Rezava baixinho 

para não despertar 

a casa do Sol.


Nela, o mundo vivia 

o calor da hora 

o suor da sobrevivência.


Impedia o silêncio,

encontro de si mesmo.


As perguntas surgiam 

como cachos, 

sugerindo 

cores, 

odores, 

paladares, 

tatos, 

em pencas 

de encontros...


Os pensamentos 

confundiam 

altares e marés, 

lançavam caminhos,

verdades súbitas,  

num turbilhão 

confuso de projetos...


Tudo a ser feito 

e o tempo 

exaurindo-se rápido.


O fim será sempre 

o esgotamento 

satisfeito 

do viver, 

incompleto...

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