(continuando os porquês de Pablo Neruda)
Quem me protegerá das estrelinhas
que piscam sem cessar,
esperando que lhes corresponda o convite...
cometas que se aventuram a sós,
escuridão profunda,
borboletas distraídas,
insensatas,
em diferentes flores?
Quem me protegerá da cegueira
dos morcegos
nos Sóis
dos vagalumes?
Quem irá acalentar-me
dos grandes ruídos,
longe dos dominicais
latidos de cães?
Acaso poderei acalmar o mar,
enamorado da Lua,
examinando acurada
este líquido amor?
Como posso fazer conviver
as raízes fraternalmente
sem que se sufoquem?
Consigo avivar os livros
de suas solidões
apertadas das bibliotecas?
Atingirei os vértices,
gozos cósmicos,
dos alongados arranha-céus,
em seus arroubos divinos?
Conseguirei esconder nos varais,
as ações realizadas nas roupas?
Contam intimidades?
As ventanias incertas
me descobrem
em frágeis caminhos?
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