PORTAS ABERTAS

 


Deixo as portas abertas...

também aguardo portas abertas.


Há uma mágica a ser feita, 

não tem pé 

nem cabeça...


Pode ser um tato, 

um olhar, 

quem sabe um sorriso, 

algumas palavras, 

gestos?


Nossas profundidades 

encarceram línguas estranhas, 

permanecemos nas entranhas. 


Enquanto o café esquenta 

antes da mesa posta, 

refeitos de nós mesmos, 

nossas mesmices, 

esperamos superar, 

nossos pobres cotidianos.


Minhas portas abertas 

dão vazão a quantos?

...em quais línguas?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

PLEBISCITO POPULAR

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal