Pular para o conteúdo principal

Calor em Sampa está insuportável, e o povo está nas ruas

O verão está dando mostras de como virá: muito quente e com chuvas torrenciais.

Não existem mais explicações dos ambientalistas, tão acostumados a nos acusarem de toda esta transformação na natureza.

Ora, eles são igualmente responsáveis por toda esta desordem.

São mesmo bucólicos e trovadorescos, pois não os vejo nem perto do modernismo, quanto mais desta pos-contemporaneidade em que vivemos.

O povo está nos bares, restaurantes, refrescando-se e trocando amabilidades neste fim de ano.

Tudo vai sendo "perdoado", protelado: os inimigos suspensos temporariamente de seus confrontos, os endividados em trégua para cobranças posteriores, os projetos reafirmados como fé, os encontros como se fossem de irmandades religiosas, enfim há um lambe lambe que eu desejaria que fosse mais verdadeiro e frequente.

É como se estivesse acontecendo um Jubileu, daqueles proposto por Deus no Antigo Testamento e que não ocorreu, tipo de perdão amplo que permeia a toda a sociedade.

As pessoas parecem ser mais fraternas, posto que é data comemorativa do nascimento de Jesus Cristo.

Lógico que o assaltante continua assaltando, o adúltero adulterando, o mentiroso trapaceando, enfim os ilícitos todos continuam normais; porém, parece que prevalece o bem.

Têm-se a impressão que uma névoa de paz e entendimento se sobrepõe ao mal, que se encolhe envergonhado.

Os pobres são lembrados, eles que são colocados de lado durante o ano inteiro.

É mesmo incrível este espírito que toma conta de todos e tudo.

Gostaria de viver de Natal, num eterno nascer de Jesus, numa confraternização interminável, de refeições comuns e esquecimento dos males.

Ah, Jesus!  Nasça todo dia neste teu povo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...