Pular para o conteúdo principal

Comércio de Natal em Sampa reflete situação frente a crise

Fui lojista por 8 longos anos. Gostava da loja. Por vender presentes e brinquedos, às vezes meus negócios andavam na contramão de outros segmentos, como roupas, por exemplo. São percepções que vamos percebendo ao longo do tempo.

As pessoas viajam. Quando voltam, primeiro pagam as contas, depois vão às compras de alimentos para a casa, pois a geladeira está vazia, depois saem para seu lazer, cinema, teatro. É o consumo imediato, que também envolve a conservação do carro, da casa, das despesas com refeição. Por fim, vão para roupas. Como sempre, continuam pagando seus impostos, o que é difícil, uma vez que o retorno de uma viagem traz consigo pouco dinheiro na conta.

Só excepcionalmente compram presentes, uma vez que exista um aniversário, mas são lembrancinhas.

Vendas de presente mesmo são nas grandes datas, como Dia das Mães, dos Pais, Natal, Páscoa, que envolvem semanas e meses de volume de vendas.

Importante compensar este maior volume de vendas com as baixas vendas de outros períodos, como janeiro e fevereiro, quando muita gente está fora. Não fazer isto é cometer um suicídio de gestão.

Como podem ver, os lojistas necessitam de tempo para que o consumidor se regularize em sua vida, para começarem também a regularizar suas vendas.

Asim para o consumo aumentar, existe um grande contexto do movimento de mercado, que muitas vezes passa além de nossa compreensão, ou melhor, de uma análise mais balizada.

Dizem as pesquisas que os supermercados tiveram um aumento de 6% em relação ao ano anterior, e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas apurou  2,33% de aumento, em relação aos 15,5% que ocorrera no ano anterior.

A primeira vista todos devem ter sobrevivido, e a quebra das lojas deve ser pequena, pois a crise no mundo já vem sendo divulgada a, pelo menos 5 meses, dando chance aos lojistas em equacionar suas compras equilibradamente para o ano, e não se descapitalizarem.

Vejo, no entanto, nos jornais, que em 2012 ocorrerão 8 feriados que coincidirão em segundas ou sextas-feiras, que significa maior número de viagens dos consumidores, gerando todo o processo que descrevi acima.

Feriado é bom somente para o consumidor, não para o vendedor que tem o hábito de conquistar um cliente, que ,de repente, viaja.

Este ano exigirá criatividade na política de promoções e compras. Os grandes grupos se beneficiarão, pois são estes que conseguem reduzir melhor os preços, por conta dos altos volumes de mercadorias que trabalham.

Vamos ter de crescer neste contexto adverso.

Não é impossível, porque os brasileiros são otimistas, embora às vezes reclamem bastante, enquanto trabalham e consomem

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...