Manhã de 25 de dezembro de 2011.
Poucos carros nas ruas.
O povo esteve em festa na noite de 24 para 25 entre seus parentes e amigos.
Dormem o sono dos simples e dos que tem fé.
Dorme o patrão e o ladrão, o pobre e o drogado.
Dorme a mulher junto do homem, dormem as crianças refesteladas de comidas e presentes.
Há um silêncio de festa.
Os fogos de artifício pipocavam pelo céu de São Paulo, crescendo conforme aproximava-se da meia-noite, onde se imagina o nascimento do Cristo, Jesus.
Este é um mistério que sempre me acompanhou:
Como Deus pode ter se tornado humano?
E uma vez humano, como conseguiu inverter todo o processo(?) e ficar dependente do homem, precisando dos cuidados das pessoas, necessitado de nosso afeto e esperança.
Para mim estes sempre foram atributos de Deus.
Vê-los nas mãos dos homens enquanto Deus os solicita, me deixa intrigado.
Afinal, quem somos nós para oferecermos isto: a humildade, o amor, a paz, a justiça, a equidade...
Por onde olho, existem tragédias, revoluções, guerras.
O homem devorando o homem, o planeta agonizando, com plantas, rios, animais de todos os tipos desaparecendo.
Não pode ser neste ambiente que Jesus Cristo queira vir.
Mas é exatamente aqui, neste contexto, que Ele aparece.
Nu; em uma manjedoura; sem lugar, sem um lar.
Seu primeiro choro deve ter sido o de toda humanidade desesperançada.
Choro de rompimento com o mundo de até então.
Novo começo de uma humanidade.
Simples e completo.
Como convém a Deus.
Vejo a despedida do Pai com o Filho.
- Filho será uma experiência incrível, você adentrar num corpo humano, e ver restringir-se tua divindade. Você sabe que será semelhante a nós, mas sem o ilimitado. Isto é necessário pois este povo não desperta de suas dores, e segue surdo à voz dos profetas que suscitamos.
E Jesus mansamente segue este trajeto trilhado pelo Espírito Santo até o ventre de Maria.
Apaga-se a onisciência, a onipotência, a onipresença, e mergulha na escuridão humana, num ventre escolhido desde o princípio, para acolhê-lo em sua pureza. Divina encarnação.
Agora, em tudo depende de nós.
Este silêncio está sendo rasgado por choro esperado desde criação.
Vamos conservá-lo, enquanto cresce e novamente inverta o ciclo pedagógico de Deus, para poder nos ensinar o caminho, porque o mundo precisa romper esta fase de pré humanidade, e adentrar num novo patamar, onde o amor e a fraternidade vencerão a injustiça e a ganância.
Poucos carros nas ruas.
O povo esteve em festa na noite de 24 para 25 entre seus parentes e amigos.
Dormem o sono dos simples e dos que tem fé.
Dorme o patrão e o ladrão, o pobre e o drogado.
Dorme a mulher junto do homem, dormem as crianças refesteladas de comidas e presentes.
Há um silêncio de festa.
Os fogos de artifício pipocavam pelo céu de São Paulo, crescendo conforme aproximava-se da meia-noite, onde se imagina o nascimento do Cristo, Jesus.
Este é um mistério que sempre me acompanhou:
Como Deus pode ter se tornado humano?
E uma vez humano, como conseguiu inverter todo o processo(?) e ficar dependente do homem, precisando dos cuidados das pessoas, necessitado de nosso afeto e esperança.
Para mim estes sempre foram atributos de Deus.
Vê-los nas mãos dos homens enquanto Deus os solicita, me deixa intrigado.
Afinal, quem somos nós para oferecermos isto: a humildade, o amor, a paz, a justiça, a equidade...
Por onde olho, existem tragédias, revoluções, guerras.
O homem devorando o homem, o planeta agonizando, com plantas, rios, animais de todos os tipos desaparecendo.
Não pode ser neste ambiente que Jesus Cristo queira vir.
Mas é exatamente aqui, neste contexto, que Ele aparece.
Nu; em uma manjedoura; sem lugar, sem um lar.
Seu primeiro choro deve ter sido o de toda humanidade desesperançada.
Choro de rompimento com o mundo de até então.
Novo começo de uma humanidade.
Simples e completo.
Como convém a Deus.
Vejo a despedida do Pai com o Filho.
- Filho será uma experiência incrível, você adentrar num corpo humano, e ver restringir-se tua divindade. Você sabe que será semelhante a nós, mas sem o ilimitado. Isto é necessário pois este povo não desperta de suas dores, e segue surdo à voz dos profetas que suscitamos.
E Jesus mansamente segue este trajeto trilhado pelo Espírito Santo até o ventre de Maria.
Apaga-se a onisciência, a onipotência, a onipresença, e mergulha na escuridão humana, num ventre escolhido desde o princípio, para acolhê-lo em sua pureza. Divina encarnação.
Agora, em tudo depende de nós.
Este silêncio está sendo rasgado por choro esperado desde criação.
Vamos conservá-lo, enquanto cresce e novamente inverta o ciclo pedagógico de Deus, para poder nos ensinar o caminho, porque o mundo precisa romper esta fase de pré humanidade, e adentrar num novo patamar, onde o amor e a fraternidade vencerão a injustiça e a ganância.
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