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Morte de Chaves, afastamento de Fidel por doença, qual o significado disto para os progressistas do Continente latinoamericano?

Na Venezuela tivemos a morte de Chaves, e uma surpresa nas apurações onde Maduro quase perde as eleições, fato que não é muito diferente das eleições no Brasil, onde Dilma Também, depois de Lula, ganhou, mas não por uma margem expressiva, em relação a Serra, que subiu ao final da campanha. Em Cuba, a saída de Fidel, também de forma estruturada, permitiu uma abertura "relativa", nos moldes da democracia clássica.
Podemos já fazer algumas conjecturas:

1 - Está saindo a primeira geração das forças progressistas na América Latina, e dando lugar a uma segunda geração, com aceitação popular mesmo que um pouco menor do que a anterior.

2 - Há uma tendência a divisão das sociedades nacionais, e buscas por vias alternativas que não conseguem consolidar-se.

3 - A eleição no Brasil jogará com um papel importante para o panorama geopolítico do continente, podendo influir nos países vizinhos.

4 - A oposição mantém discurso antigo de juros altos, enxugamento do aparelho do Estado, e privatizações.

5 - Os setores progressistas estão chegando no limiar das negociações de convivência com o sistema capitalista, tendo pela frente o desafio de implantar políticas verdadeiramente socializantes, porém inovadoras (caso Chinês), ou sucumbir na metade do caminho, sem projeto definido.

A argentina está dividida, a Venezuela idem. O Brasil continua mantendo uma divisão às custas do aparato de comunicação da imprensa em geral, que adotou a oposição em seu discurso.

A eleição no Brasil, nesta conjuntura torna-se uma incógnita.

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