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Papa denuncia a tentação do triunfalismo e exorta a pedir a graça da perseverança

O que nós afirmamos sem nenhum temor de errar é que hoje existem muitas muitas seitas triunfalistas, "em nome de Jesus".
"O Senhor não atua como uma fada com sua varinha mágica "
Na Missa em Santa Marta, com o pessoal da LEV, o Papa denuncia a tentação o triunfalismo e exorta a pedir a graça da perseverança
Por Redacao
 12 de Abril de 2013 (Zenit.org) - "Triunfalismo" e "Perseverança". São as duas palavras da homilia do Papa Francisco durante a Missa celebrada na manhã de hoje, sexta-feira, 12 de abril, na capela da Domus Sanctae Martae no Vaticano, na qual participaram também funcionários da Livraria Editora Vaticana.
Comentando as leituras do dia, a começar pela intervenção junto ao sinédrio de um fariseu com o nome de Gamaliel, relatado nos Atos dos Apóstolos (5, 34-42), Papa Francisco observou primeiramente que “Dar tempo ao tempo” é “um conselho sábio também para a nossa vida, porque o tempo é o mensageiro de Deus. Deus nos salva no tempo, não no momento”. E continuou dizendo que “o Senhor nos salva na história, na nossa história pessoal. O Senhor não faz como uma fada com a varinha mágica".
O Papa então definiu o “triunfalismo” como “uma grande tentação na vida cristã”, da qual nem mesmo os apóstolos estiveram isentos. Mas, destacou, “o triunfalismo não é do Senhor”, que viveu “humildemente”. “O Senhor – continuou – nos ensina que na vida nem tudo é mágico, que o triunfalismo não é cristão”.
Porém, há sim uma "graça que devemos perdir", observou o Papa, e “é aquela da perseverança: perseverar no caminho do Senhor, até o fim, todos os dias”. Percorre-se este caminho com “dificuldade, com trabalho, com tantas alegrias”. A invocação então é “que o Senhor nos salve das fantasias triunfalistas". 
A homilia terminou com esta frase: "O caminho cotidiano na presença de Deus: esta é a via do Senhor. Andemos por ela!”.
Com Sua Santidade celebraram, entre outros: monsenhor Giuseppe Antonio Scotti, presidente do Conselho da Superintendência da Livraria Editora Vaticana, dom Giuseppe Costa, diretor da LEV, Pe. Edmondo Caruana, responsável editorial, dom Giuseppe Merola, editor de redação.
No final da celebração, o Santo Padre cumprimentou cada um dos funcionários da LEV, que em dias passados publicou três volumes: dois textos preparados pelo cardeal arcebispo de Buenos Aires, e a coleção das suas primeiras palavras como Pontífice. Os títulos das três publicações – apresentadas nesta manhã pelo diretor dom Costa ao Papa Francisco, que falou também de futuros projetos editoriais – são: "Cruzar o Limiar da fé", carta à Arquidiocese de Buenos Aires pelo Ano da Fé"; Nós, como cidadãos, nós, como povo. Para um Bicentenário na justiça e na solidariedade (2010-2016)", discurso do dia 16 de outubro de 2010, tendo em vista o segundo centenário da Argentina; “Peço-vos que orem por mim”, que contém todos os discursos do Papa Francisco, da primeira saudação à multidão logo após a eleição, no dia 13 de março, ao Regina Caeli na segunda-feira do Anjo.

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