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Evangelizar um soldado dominado pelas forças do mal

Hoje vou falar sem dar nomes aos bois, mas contar uma situação que aconteceu entre eu, um grupo da Igreja e um soldado que estava no local.

Estávamos reunidos para iniciar o nosso trabalho pastoral e havia um soldado por perto.

Convidamos o mesmo para reunir-se junto a nós pois iríamos iniciar o trabalho pastoral com a leitura do evangelho do dia, muito comum na Igreja Católica.

Antes disto, identificamo-nos para este policial, como integrantes da Pastoral da Saúde, e ele nos disse que estava protegendo o seu Sargento que havia perdido a perna numa ação policial.

De fato ele descrevera a situação de tal forma, que o seu Sargento, que estava protegido, acabara atingido pelo carro dos bandidos que, ao se verem cercados em uma estrada, subiram por uma ribanceira, exatamente onde estava o seu superior, e o atingiram, decepando-lhe imediatamente a perna.

Este soldado nos questionava porque isto acontecera:  alguns, que estavam mais expostos ficaram bem, e o seu superior, que estava protegido, fora acidentado de forma violenta. Senti uma insinuação de que o seu superior protegera-se, deixando os soldados expostos

O Evangelho do dia de domingo lido foi o de Marcos 4, 26-33 que assim diz:

" E dizia:
- Acontece com o Reino de Deus o mesmo que com o homem que lançou a semente: ele dorme e acorda, de noite e de dia, mas a semente germina e cresce sem que ele saiba como. A terra por si  mesma produz fruto: primeiro a erva, depois a espiga e, por fim, a espiga cheia de grãos. Quando o fruto está no ponto, imediatamente se lhe lança a foice, porque a colheita chegou".

E dizia:
- Com que compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos?  É como o grão de mostarda que, quando é semeado na terra - é a menor de todas as sementes da terra - mas, quando é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças, e deita grandes ramos, a tal ponto que as aves do céu se abrigam à sua sombra.

Anunciava-lhes a Palavra por meio de muitas parábolas como essas, conforme podiam entender, e nada lhes falava a não ser em parábolas. A seus discípulos, poré, explicava tudo em particular."


Após a leitura deste evangelho, pedi para uns e outros falarem.

Como ninguém se manifestou, passei a refletir sobre a passagem do Reino de Deus, sobre o abrirmos o nosso coração para que Deus fizesse uma morada em nós.

E o soldado começou a dizer que que se uma pessoa fizesse o mal, o mal cresceria.

Logo percebi que ele estava reproduzindo as palavras do inimigo e parti para uma forte evangelização, combatendo fortemente as argumentações maliciosas, pois bem sabia quem ali se manifestava "racionalmente".

Interpelei que este é o reino das trevas, e não o Reino de Deus.

Ele logo disse que de vez em quando bebia e depois dirigia a sua moto.

Tudo provocações.

Disse também ser maçônico.

Revestido dos ensinamentos da Igreja fiz o combate, e na primeira oportunidade coloquei o soldado no meio do grupo e lhe fizemos uma oração de libertação. Agora é com Deus.

Os soldados da Polícia Militar, devido ao tipo de vida que levam, podem facilmente se deixar levar pelas sementes do mal, que uma vez instaladas produzem frutos semelhantes aos dos bandidos.

Por isto devemos rezar com frequência por todos eles, para que Deus os proteja e os liberte da escravidão de satanás.


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