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O esquartejamento da vida

O que significa uma ex garota de programa esquartejar o seu marido, um grande empresário da yoki?

 É possível fazer-se um estudo de caso deste acontecimento tenebroso e buscar-se uma generalização para a análise de um novo tipo de relações que está crescendo em nosso país?

Creio que, guardando-se as proporções, é possível partir de um caso particular singular para entender as relações sociais mais amplas.

O empresario esquartejado separou-se de sua esposa para viver com a Elisa,  o mesmo motivo que ela alega para o crime e o esquartejamento: dele tê-la traído com uma outra garota de programa. Triste sina

O gene da traição acompanha como um estigma, uma maldição que continua permanentemente.

De fato, o empresário não se casou mas fez um festim econômico de mercantilização da mulher.

Em poucas palavras, prostituição matrimonial.

Poderia terminar em um casamento feliz?

Sim poderia, entre outras milhares de possibilidades de não dar certo, uma vez que a relação estabelecida não parece ter sido fundada no amor, mas nos valor $. Estou sendo piegas, ou realista?

É a banalização do casamento dos dias atuais, graças à secularização da vida, onde a satisfação material assume papel divino e definitivo, mas não resolve.

Mantém-se as aparências que escondem novas formas de falsas relações. Mas vocês poderão contra-argumentar: mas isto sempre houve desde os tempos antigos

E  o que significou o esquartejamento?.

O esquartejamento provavelmente tem várias explicações: a de que o marido era um verdadeiro estranho, pior, alguém que a feriu muito com o poder sexual e econômico, que foi descontado membro a membro cortado, depois devidamente empacotado e jogado no lixo.

Vejo no esquartejamento uma resposta a muitas agressões, correspondentes às partes estirpadas.

Triste sociedade brasileira, falsa, metida a nobre mas sendo uma grande prostituta.

Porque as prostitutas têm mais moral que esta sociedade fétida, que mente para si mesma achando-se o máximo, e gastando tudo em jantares e festas escondidas, nada que ninguém perceba.

Sociedade onde o comércio prevalece em tudo, o que não é novidade, mas com um componente de alta degradação.


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