Foi grande e é grande o sofrimento os familiares dos presos políticos na época da ditadura. Neste depoimento onde os presos foram mortos em tortura e depois incinerados, as unhas foram arrancadas. Lembra-me, durante a ditadura, que alguns frades dominicanos pediram que guardasse um militante que fugira da prisão. Seu "nome de guerra" era JARBAS. Conversamos muito por umas duas semanas em casa, até a minha casa ficar sem a devida segurança, porque eu tinha num parente próximo uma pessoal admiradora dos militares. Então ficava perigoso mantê-lo por mais tempo. Mas este Jarbas era de Pernambuco, e não tinha as unhas da mão também, que foram arrancadas durante tortura física. Nunca mais o vi, nem soube se conseguira sair do país. Naquela época não se perguntava, não se comentava.
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
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