A internet, de instrumento da CIA para espionar o mundo da comunicação, papel que exerce até hoje e continuará, tem o seu contraponto localizado na generalização da comunicação entre amplas camadas da população.
Às vezes estes movimentos vão a favor dos interesses do império, às vezes contra. De qualquer forma, representam um repúdio a forma de vida política em seus países.
Isto se deu no Irã, na "eleição", de cartas marcadas de Ahmadinejad, onde irrompeu vigoroso movimento urbano com sinais insurrecionais, reprimido violentamente e com penas de morte executadas no silêncio da noite.
Na Tunísia este movimento estalou na imolação de um pequeno comerciante informal que viu sua única oportunidade fechada.
Agora o Egito repete o mesmo figurino.
Por incrível que pareça, o movimento contra o aumento do preço do ônibus em São Paulo, está dentro do mesmo figurino.
E qual é este figurino?
Posso dizer que ele tem uma característica comum.
Nenhum dos movimentos sociais organizados tem ascendência sobre eles.
É como se estes movimentos sociais organizados estivessem acostumados com a ordem reinante, seja no papel de governo, seja no papel de oposição consolidada e estacionada.
Nenhum dos movimentos sociais que existe galvanizou estes estalos de revolta social.
Outro fator é o da denúncia da impossibilidade de participação política, que está fechada num universo infinitamente menor, expresso pela democracia formal, de eleições gerais, e depois recolhimento.
Quanto às ditaduras nem há o que se falar. Neste caso não há nenhum canal de participação política
Para estes movimentos, a maneira informal como agem, longe de ser anárquica, expressa uma insatisfação pela inexistência de canais flúidos de expressão da participação política.
O pano de fundo é a expectativa, ainda inconsciente, por uma democracia popular, como forma de inserção destes movimentos num quadro mais articulado; entretanto não é este o cenário que se avizinha.
De maneira geral, estes movimentos estão pipocando, aqui e ali, no Oriente médio, e lá, longe de se encontrar uma alternativa socialista de vida política e social, há o estado teocrático como único caminho.
E o Estado Teocrático insere o cidadão numa camisa de força ainda maior que os sistemas ditatoriais que eles estão combatendo. Será, entretanto, esta a direção que estes movimentos acabarão tomando.
Esta talvez seja a grande contradição destes movimentos: orientados para uma busca de participação social mais democratizada, acabarão enredados pelos Estados Teocráticos.
E o Estado Teocrático, em seu fundamentalismo, acorrenta o movimento social e político a uma religião, estabelecendo assim uma cristalização do sistema político ainda maior de ser extirpada.
O movimento social organizado, acostumado ao poder seja de situação, seja de oposição, está ficando cada vez mais de fora deste contexto.
Movimento social não se compra.
Não se adquire fatias de poder no lugar da verdade que está à vista da população.
São situações como estas que vão fazendo descolar o movimento social, e burocratizá-lo.
Percebe-se nestes movimentos características de setores médios da população excluídos progressivamente da vida econômica, capitaneando grandes camadas de população pobre. A imolação na Tunísia foi de um pequeno comerciante.
No horizonte busca-se uma democracia com participação popular que ainda não existe.
Mesmo no Brasil, a democracia que vivemos não deu esta abertura ainda, apesar de estarmos no terceiro governo do PT.
E não há sinais de que venha a ocorrer.
O movimento social internético esté escapando entre os dedos.
Às vezes estes movimentos vão a favor dos interesses do império, às vezes contra. De qualquer forma, representam um repúdio a forma de vida política em seus países.
Isto se deu no Irã, na "eleição", de cartas marcadas de Ahmadinejad, onde irrompeu vigoroso movimento urbano com sinais insurrecionais, reprimido violentamente e com penas de morte executadas no silêncio da noite.
Na Tunísia este movimento estalou na imolação de um pequeno comerciante informal que viu sua única oportunidade fechada.
Agora o Egito repete o mesmo figurino.
Por incrível que pareça, o movimento contra o aumento do preço do ônibus em São Paulo, está dentro do mesmo figurino.
E qual é este figurino?
Posso dizer que ele tem uma característica comum.
Nenhum dos movimentos sociais organizados tem ascendência sobre eles.
É como se estes movimentos sociais organizados estivessem acostumados com a ordem reinante, seja no papel de governo, seja no papel de oposição consolidada e estacionada.
Nenhum dos movimentos sociais que existe galvanizou estes estalos de revolta social.
Outro fator é o da denúncia da impossibilidade de participação política, que está fechada num universo infinitamente menor, expresso pela democracia formal, de eleições gerais, e depois recolhimento.
Quanto às ditaduras nem há o que se falar. Neste caso não há nenhum canal de participação política
Para estes movimentos, a maneira informal como agem, longe de ser anárquica, expressa uma insatisfação pela inexistência de canais flúidos de expressão da participação política.
O pano de fundo é a expectativa, ainda inconsciente, por uma democracia popular, como forma de inserção destes movimentos num quadro mais articulado; entretanto não é este o cenário que se avizinha.
De maneira geral, estes movimentos estão pipocando, aqui e ali, no Oriente médio, e lá, longe de se encontrar uma alternativa socialista de vida política e social, há o estado teocrático como único caminho.
E o Estado Teocrático insere o cidadão numa camisa de força ainda maior que os sistemas ditatoriais que eles estão combatendo. Será, entretanto, esta a direção que estes movimentos acabarão tomando.
Esta talvez seja a grande contradição destes movimentos: orientados para uma busca de participação social mais democratizada, acabarão enredados pelos Estados Teocráticos.
E o Estado Teocrático, em seu fundamentalismo, acorrenta o movimento social e político a uma religião, estabelecendo assim uma cristalização do sistema político ainda maior de ser extirpada.
O movimento social organizado, acostumado ao poder seja de situação, seja de oposição, está ficando cada vez mais de fora deste contexto.
Movimento social não se compra.
Não se adquire fatias de poder no lugar da verdade que está à vista da população.
São situações como estas que vão fazendo descolar o movimento social, e burocratizá-lo.
Percebe-se nestes movimentos características de setores médios da população excluídos progressivamente da vida econômica, capitaneando grandes camadas de população pobre. A imolação na Tunísia foi de um pequeno comerciante.
No horizonte busca-se uma democracia com participação popular que ainda não existe.
Mesmo no Brasil, a democracia que vivemos não deu esta abertura ainda, apesar de estarmos no terceiro governo do PT.
E não há sinais de que venha a ocorrer.
O movimento social internético esté escapando entre os dedos.
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