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Onde está a Dilma?

Estes dias Dilma deu duas bolas fora:

A primeira foi responder às Centrais Sindicais, de que não aumentará o salário mínimo além daquele que o Mânteiga decidiu.  Primeiro que ela não compareceu às reuniões com os sindicalistas, e depois vem a público criticá-los

No governo Lula, o presidente sempre cortava as azinhas do ministro Mânteiga. Agora não, ele é um reizinho.

O segundo, foi responder ao ministro italiano dizendo que o problema da extradição de Césare Battisti é jurídica, num flagrante recuo em relação à decisão de Lula de que o mesmo permaneça no Brasil.

É de conhecimento geral que a acusação de Battisti foi feita com base numa espécie de delação premiada de lá, onde o acusador aponta o outro para se safar ele mesmo de ser incriminado.

E depois vem o governo italiano dizer que é decisão da justiça.

Uma condenação à prisão perpétua nestas condições já é, por si, suspeita.

Battisti é bode espiatório das safadezas de Berlusconi

A permanecer este quadro, se tem a impressão de um golpe por dentro, com o governo Dilma dando uma guinada para a centro-direita, rasgando compromissos de campanha.

Ainda é tempo da presidente sair do ostracismo em que se deixou colocar, numa certa timidez de gestão, e lembrar-se de seus compromissos, como o de erradicar a miséria, e por que não, lembrar-se de que ele também foi presa política e presa por anos.

Nãos se pode esquecer seu passado e deixar outros serem condenados por um governo italiano de característica pedófilofascista.

O governo italiano precisa de um mote para sair do centro das críticas gerais, e este mote é fazer barulho com o caso Césare Battisti.

Acorda Dilma!

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