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Endividados e enganados. O mutirão da renegociação das dívidas

Aconteceu neste fim de semana na Praça da Sé.

Milhares de pessoas acorreram para lá na esperança de encontrar saídas para suas dívidas.

O inevitável, no entanto, aconteceu.

Não haveria tempo hábil para tantas pessoas renegociarem suas dívidas naquele lugar.

O resultado foi o de uma imensa afluência de pessoas que apenas se recadastraram para negociar, no futuro, as suas dívidas.

Não havia uma renegociação, havia uma reorganização dos setores de cobranças que estava desatualizados.

Não há garantias de que surgirão propostas atraentes para os endividados, muito pelo contrário, surgirão novas cobranças, com os novos endereços.

A situação dos endividados continuará, e são muitos.

A maioria constituída de pessoas simples, do povão. Uma senhora ao meu lado dizia:

- Olha,  isto que está acontecendo(tanto a dívida quanto este mutirão) é coisa do diabo.

Fiquei em silêncio concordante.

Como podem dar este tipo de golpe no povão, em pleno domingo.

Estes dias vi uma matéria, um estudo do Dieese, que mostrava que por ano há uma rotatividade de pessoal, o chamado turn-over, em mais de 50%, no país.

Este fato desequilibra qualquer orçamento, e provoca inadimplências inesperadas, em pessoas até então bastante responsáveis.

Não posso deixar de acrescentar que os grandes bancos estouram os juros de tal forma que as dívidas aumentam facil e rapidamente.

Sou pela estatização do setor bancário, por se tratar de atividade não produtiva.

Os bancos deve ficar nas mãos do Estado, que comparativamente deve ser mais compreensivo com os problemas dos cidadãos, que os ganaciosos grupos estrangeiros e nacionais.

E o povo deve ir aprendendo que existe muita armação nesta área, e é bom dormir com um olho aberto.

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