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Cacique guarani é executado no Mato Grosso do Sul

Porquê a Imprensa dos Grandes não fala nada sobre a ação dos latifundiários assassinado os pequenos e desprotiegidos.

Exigimos apuração dste assassinato torpe!

18 de Novembro de 2011 - 19h14

Um grupo de homens armados e encapuzados invadiu uma aldeia de indígenas Kaiowá Guarani, no estado do Mato Grosso do Sul (centro-oeste) e matou o líder da comunidade, informou a Fundação Nacional do Índio (Funai).


"A comunidade Kaiowá Guarani, do acampamento Tekoha Guaviry, no município de Amambaí (próximo à fronteira com o Paraguai), sofreu o ataque de 42 pistoleiros encapuzados e fortemente armados. Seu alvo principal foi o cacique Nísio Gomes, de 59 anos, executado com tiros de armas calibre 12", informou a Funai.
Não se descarta que haja outras vítimas, uma vez que os atacantes levaram dois jovens e uma criança junto com o corpo do cacique assassinado, acrescentou a fonte. Valmir, filho de Nisio Gomes, foi ferido com uma bala de borracha no peito quando tentava socorrer seu pai, segundo o Conselho Indígena Missionário (Cimi), que tinha integrantes na hora do assassinato.

Desde o começo do mês, os índios - cerca de 60 - ocupavam um território situado entre várias grandes fazendas de produção agrícola, que é parte de sua terra ancestral e que está sendo oficialmente delimitada pelas autoridades. No Mato Grosso do Sul os conflitos por terras são muito frequentes, principalmente os confrontos entre indígenas e fazendeiros.

"Todos chegaram com capuzes, jaquetas escuras e pediram que deitássemos no chão. Tinham armas calibre 12", relatou um integrante do Conselho Indígena Missionário.

“O povo continua no acampamento, nós vamos morrer tudo aqui mesmo. Não vamos sair do nosso tekoha”, afirmou um indígena. Ele disse ainda que a comunidade deseja enterrar o cacique na terra pela qual a liderança lutou a vida inteira. “Ele está morto. Não é possível que tenha sobrevivido com tiros na cabeça e por todo o corpo”, lamentou.

Cerca de 250 assassinatos de guaranis foram contabilizados pelo Cimi nos últimos anos, metade do total de homicídios sofridos por indígenas em todo Brasil. Os guaranis representam a maioria indígena do país e são um dos grupos com maiores problemas, pela escassez de terras, a superpopulação de suas aldeias e a falta de trabalho.
Com agências

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