
O da direita sou eu, e ao meu lado esquerdo está o Júnior, um seminarista dos camilianos, rapaz inteligente e com vocação promissora, se perseverar, suportando as adversidades tão comuns ao mundo espiritual.
Depois vem o Leonardo, rapaz muito simples e dedicado à causa dos enfermos, entregando sua alegria.
Por fim aparece a Bete, uma moça que deixa pr'a trás o "Embu das Artes"(agora de nome novo) e vem de condução até o HC em sua pastoral.
As mães que não puderam estar com suas famílias receberam a visita da Pastoral da Saúde da Igreja Católica, sob a coordenação dos Camilianos.
Estivemos no sábado visitando todas as dependências da Ortopedia do HC, para entregar os presentes das mães.
Tratava-se de um sabonete, um desodorante, uma pulserinha, uma lixa, coisas bem práticas, para as mamães que esavam enfermas.

Os presentes são muto simples e foram organizados pela Roseli, que não apareceu obviamente porque estava nos fotografando, mas ela é esta que mostro abaixo para vocês conhecerem.

Simpática não é? Ela é advogada e enfermeira, viúva, e cria sozinha sua filha.
Pessoa aberta ao mundo que não tem receio de fazer o que precisa ser feito para ajudar os outros. Roseli, com este seu jeito manso tem coordenado os trabalhos de nosso grupo durante estes anos, e é bastante responsável.
Os padres Gilmar, Paulo e Alexandre nos acompanham ou ajudam de alguma forma nesta caminhada. São jovens e destemidos. Os camilianos andam se renovando.
Ficamos muitos felizes em fazer este mínimo de esforço, mas somos obrigados a admitir que esta é uma prática cada vez mais rara na nossa sociedade.
O trabalho pastoral é absolutamente voluntário.
Lembro-me que meu filho, em uma ocasião procurou os "doutores da alegria" para participar e nem foi chamado.
Creio que se deve examinar uma série de Ongs muito bonitinhas e aparentemente muito humanistas, para verificar se não são organizações que vivem do dindin, e onde na verdade não existe o volutariado.

Faltou o Silvionê, um professor e ator, excelente companheiro de pastoral. Esteve conosco também neste dia mas saiu logo e não houve tempo de fotografá-lo. Grande prejuízo não tê-lo fotografado. antes de começar a visita
Fizemos uma reflexão do evangelho do domingo, e o Sílvionê estava arretado com a história de jesus ter de sofrer para conseguir´passar sua mensagem. Será que Ele não poderia ter feito o seu anúncio sem ter de sofrer? Concordamos e discordamos democraticamente. Foi bom.

Não só as mamães enfermas receberam presentes, mas as mães enfermeiras, as mães da limpeza, as mães médicas também receberam o nosso reconhecimento de sua grande responsabilidade na formação da boa moral, da ética, do amor fraterno, aos filhos que se tornarão os responsáveis pelo nosso mundo de amanhã.
Fazer o bem é o mínimo que se espera de uma pessoa, quanto mais de um militante, de um profissional, de alguém que tem negócios, posição.
Infelizmente vivemos numa época em que as pessoas mais falam do que fazem.
Vimos mães gemendo de dores, mães com a cabeça presa em aparelhos imobilizadas, mães tomando conta de suas filhas e filhos.
Vi uma mãe tomando conta de uma filha que tivera o braço quebrado pelo padrasto. Vi outra que estava com uma filha que não tinha nem os pés nem as mãos. Ambas sorriam muito.
Não fomos lá para converter ninguém. A cama não é lugar para se por em dúvida a fé ou a ausência de fé de alguém.
Saimos felizes porque fizemos o nosso mínimo.
Podemos dizer como Jesus nos ensinou:
"Servos inúteis nós somos", graças a Deus.
Para encerrar quero fazer um grande apelo. Povo de São Paulo, lutem para impedir a privatização do HC, que está em franco desenvolvimento. O Governo anda criando condições para a privatização do sistema de saúde e enterrar o SUS.
Precisamos levantar a bandeira dos que não tem condições de ter convênios. Lembrem-se dos mais pobres, dos abandonados. Impeçam a privatização do HC
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