Primeira usina solar brasileira. Esperemos que seja a primeira de muitas

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Obra de Eike Batista com apoio do BID será inaugurada no dia 3 de junho, mas já está em fase de testes


Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro
24/05/2011 12:48



Pela primeira vez o sistema elétrico brasileiro conta com energia do sol. A MPX, empresa de Eike Batista, anunciará daqui a pouco que já conectou a usina MPX Tauá à rede nacional. A planta está em fase de testes desde ontem (segunda-feira, 23) e será inaugurada no dia 3 de junho.

Localizada no sertão do Ceará, em uma área de 12 mil metros quadrados, o empreendimento terá capacidade de geração de 1 MW, equivalente ao consumo de 1,5 mil famílias. É muito pouco em relação ao que produzem as demais fontes de energia, mas é um passo muito importante para o País porque o coloca entre os países que dominam a tecnologia.

Usina possui 4,6 mil painéis fotovoltaicos

Com 4.680 painéis fotovoltaicos, que absorvem a luz do sol para transformação em energia elétrica, a planta recebeu investimentos totais de cerca de R$ 10 milhões. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apoiou o projeto, inédito no País, com aporte de US$ 700 mil.

Projetada para crescer

A usina será ampliada gradualmente até atingir a capacidade de 50 MW. A empresa já possui autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e licença da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) para aumentar a capacidade da MPX Tauá para 5 MW.

Distante cerca de 360 quilômetros de Fortaleza, capital do Ceará, a MPX Tauá está conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através de subestação da distribuidora Coelce, a partir de uma linha de 13,8 kV e 12 quilômetros de extensão.

Os painéis de alta eficiência da usina solar foram fabricados pela empresa japonesa Kyocera, com experiência de mais de 30 anos no setor. A cidade de Tauá foi escolhida por seus elevados índices de radiação solar ao longo de todo o ano.

Aposta na próxima década

Já existem projetos de aproveitamento da luz do sol no Brasil, mas nenhum deles é conectado ao sistema interligado. São circuitos voltados para a produção própria de residências, prédios comérciais, comunidades isoladas do sistema elétrico, entre outros casos.

A energia vai para todo o Brasil e será colocada na conta do consumidor, mas sem impacto na fatura porque representa muito pouco do consumo. A energia solar deve ganhar espaço no País apenas na próxima década, pois ainda é muito cara em relação às outras fontes de eletricidade. Cada MW/hora gerado a partir do sol custa cerca de 4,5 vezes mais que o mesmo gerado a partir da água. Mas o preço tende a cair, conforme o domínio de tecnologia e o aumento de escala. O sol é uma das apostas do planejamento energético como importante fonte de enegia a partir dos próximos 20 anos, quando se esgotarem as possibilidades de novas hidrelétricas.





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