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O que aconteceu com o 1 de maio da CUT em Sampa?

Contrariando a tudo e a todos, a CUT resolveu continuar a fazer vôo solo, organizando festa própria para o 1 de maio no Anhangabaú.

Elegeram as relações Brasil-África como a principal bandeira para o primeiro de maio, e o fim do imposto sindical, duas bandeiras secundárias, considerando-se que a questão da redução da jornada de trabalho sem redução de salário é a que atende o clamor geral dos sindicalistas.

As demais centrais sindicais, Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), conseguiram pela primeira vez fazer um ato unificado de 1 de maio.

Esta unidade vinha sendo buscada há pelo menos alguns anos, e desta vez obteve a adesão da Força.

Podemos esperar uma disputa acirrada no Congresso Nacional com o debate sobre o imposto sindical, a unicidade sindical X pluralismo sindical, redução da jornada de trabalho.

A CUT antevendo que estará só, mas com os empresários, na questão do fim do imposto sindical, já faz um mea culpa, ao não fazer unidade no dia do trabalhador.

Em outros tempos, quando a CUT era dominante, fazer este joguinho de sair sozinha não alterava o panorama, mas hoje este 1 de maio pífio da CUT deve fazer seus sindicalistas refletirem melhor sobre os caminhos que trilharão aí para frente. 

Qual foi a diferança das duas comemorações?

A comemoração unitária reuniu 1,5 milhão de pessoas, e a da CUT não chegou a 10.000 participantes.

Você poderá argumentar que o povo foi lá por causa do sorteio dos automóveis, e tenho que concordar que os showmícios hoje são a regra, mas sem dúvida foi aproveitado o evento para se passar vários recados, como o da redução da jornada de trabalho.


 


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