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Evangélicos querem anular decisão do STF sobre direitos dos gays



Os evangélicos agem como grupo organizado no Congresso Nacional, destoando das outras religiões, que agem, representando setores produtivos, ou profissionais, mas nunca como um grupo organizado que quer retomar o estado teocrático.

Não entendem que discordar do homossexualismo é diferente de reconhecer os direitos dos homossexuais.

Não concordar com uma opção sexual não quer dizer que se deva impedir esta opção de viver dignamente.

A sociedade brasileira precisa aprender a conviver, mesmo porque muitos dos que criticam os homossexuais, não podem dizer de si mesmos que sejam bons, porque segundo Jesus Cristo "Só Deus é bom".

Assim sendo, um pouco de humildade, e abertura para conviver alegremente com a diferença, é uma boa medida, e também uma atitude cristã.

Vejam o artigo que retirei do IG.

Mostra o fanatismo se instalando em nosso país.

Depois não sabem porque um rapaz matou tantas jovens numa escola do Realengo.


Numa ofensiva contra a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união civil entre homossexuais, a bancada evangélica do Congresso se articula para aprovar propostas que limitam os direitos dos gays.


Nesta quinta (12), após protestos dos evangélicos, a Comissão de Direitos Humanos do Senado adiou a votação do projeto que criminaliza a homofobia.

Os religiosos argumentam que a decisão do STF fere a Constituição, que reconhece a união civil homem-mulher. Vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) disse que o grupo pretende apresentar projeto de decreto legislativo para anular a decisão do Supremo.

"Pelo texto, o Legislativo poderá sustar atos normativos do Judiciário quando for verificada sua inconteste inconstitucionalidade", afirmou Garotinho. Os evangélicos ainda querem apresentar projeto que sugere plebiscito a respeito. Advogados constitucionalistas afirmam que, mesmo com novas iniciativas do Congresso, a decisão do Supremo não pode ser anulada.

"O STF entendeu que a discriminação contra uniões homoafetivas viola cláusulas pétreas da Constituição", diz o advogado Eduardo Mendonça. 'Se a decisão [do STF] for fundada em cláusulas pétreas, como os direitos e as garantias individuais, a alteração é impossível', afirma o advogado Cláudio de Souza.

Organizador de uma marcha contra a criminalização da homofobia, o pastor Silas Malafaia diz que tem contado com "o apoio e o entusiasmo" de diversos deputados e senadores para o evento, marcado para 1º de junho, em frente ao Congresso. "É também uma resposta à decisão do STF. Temos de reagir", argumentou.

Para o militante gay Toni Reis, as iniciativas religiosas não vão "prosperar" no Congresso. "É um grupo pequeno, ninguém vai embarcar."



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