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Para FHC, “qualquer um que derrote a Dilma” é bom para o país. Será que é uma concordância de que não existem candidatos de oposição?

23 DE JANEIRO DE 2014 - 11H35 

Com a arrogância de sempre, o ex-presidente FHC declarou em entrevista ao Blog do jornalista Josias de Souza, do UOL, que se tivesse 15 anos a menos se candidataria à Presidência da República. Ele se acha a pessoa certa para falar “olhando no olho das pessoas, dizendo, sem meias palavras, sem muita politiquice, as coisas como elas são”. E defendeu que será bom para o país que “qualquer um” derrote Dilma Rousseff na eleição de 2014.


Na sua extremada vaidade, a declaração do presidente de honra do neoliberal e neoconservador PSDB é um reconhecimento implícito de que a oposição não tem candidatos capazes nem viáveis. 

Fernando Henrique Cardoso explicitou seu objetivo estratégico principal.
“Qualquer um que derrote Dilma Rousseff na disputa presidencial de 2014, seja Aécio Neves ou Eduardo Campos, será bom para o país”. Disse que prefere seu correligionário Aecio Neves. “Mas acho que o Eduardo está tomando posições que são corretas e vai arejar de qualquer maneira.” O ex-presidente acha que “está na hora de o Brasil arejar”.

Analisando o quadro pré-eleitoral e os polos em formação, FHC acha positiva a passagem do PSB para a oposição. “Tanto a Marina quanto o Eduardo saem do bloco do governo e vão pro outro lado”, disse. O presidente de honra dos tucanos prevê que “a campanha vai forçar uma certa radicalização”. E saúda o fato de que “pela primeira vez há uma articulação positiva entre o Eduardo e o Aécio”, que no seu entendimento “devem somar forças”.

Mensalão mineiro e propinoduto paulista

Complacente com os atos de corrupção de seus correligionários em Minas Gerais, o ex-presidente diz que o mensalão mineiro foi “apenas caixa dois” do PSDB.

Para ele, o episódio que ocorreu na campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo, em 1998, em Minas Gerais, foi diferente do chamado mensalão do PT, que terminou com a prisão de dirigentes do partido como José Dirceu e José Genoino: “No caso de Minas Gerais, na época, eu fui dos poucos que disse que era preciso uma explicação. Agora, vamos qualificar. O que houve em Minas Gerais foi o que o Lula disse que era natural. Foi, eventualmente, desvio de recursos para campanha eleitoral. Não é perdoável, mas é diferente do mensalão. O mensalão foi compra sistemática de apoio para o governo no Congresso”. 

O jornalista Josias de Souza também questionou o ex-presidente sobre o propinoduto, outro escândalo tucano em gestões do partido em São Paulo desde Mário Covas (1998). Embora dizendo que o caso precisa ser investigado, acha que houve apenas suborno de funcionários, não havendo, em sua opinião, indícios de envolvimento do governador de São Paulo e outros políticos da direção do PSDB.

Com informações do Blog do Josias (UOL)

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