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Fernando Haddad sobre os “rolezinhos”: é preciso ouvir a garotada

13 DE JANEIRO DE 2014 - 14H46 

Durante coletiva, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), declarou nesta segunda-feira (13) que é preciso dar mais atenção a juventude e destacou, como exemplo, os chamados “rolezinhos”. O prefeito sinalizou que está em contato direto com as secretarias de Cultura e Igualdade Racial para entender o caso e propor diálogo com os jovens.  


De acordo com o prefeito essas movimentações refletem a necessidade de criar mais espaços públicos para os jovens, para que estes possam “usufruir a cidade”. 

"Estamos em contato permanente com a juventude, sobretudo a Secretaria de Cultura e da Igualdade Racial. Essa questão do ‘rolezinho’ surpreendeu a iniciativa, assim como a liminar concedida. Eu pedi para as duas secretarias que dialoguem com esses setores para compreender melhor o propósito da coisa para que a gente possa avançar”, disse Haddad.

Como forma de barrar a circulação dos jovens, no último fim de semana, o shopping de luxo JK Iguatemi, em São Paulo, conseguiu uma liminar na Justiça paulista que autoriza a proibição do “rolezinho”, ou seja, a entrada de jovens da periferia (negros e pobres). De acordo com o prefeito, a liminar foi uma surpresa.

“A cidade que tem que ser discutida. Temos que abrir espaços públicos para que as pessoas possam usufruir da cidade. Pedimos, por exemplo, para colocar iluminação pública nos CDCs (Clubes da Comunidade). Assim você cria arenas que atraem o público jovem que quer se manifestar. Essas providências estão sendo tomadas”, acrescentou o prefeito.

No último fim de semana, dois shoppings foram palcos dos “rolezinhos”: o de Itaquera, onde houve forte repressão policial com balas de borracha e bombas de gás; e no JK Iguatemi, onde uma liminar proibiu a realização do “rolezinho”, a entrada de jovens desacompanhados e uma multa de R$ 10 mil caso o evento fosse realizado.

Da Redação
Com informações das Agências



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