Causa-nos arrepio, mais do que a quebra do Banco PanAmericano de Sílvio Santos, que não manifestou surpresa com o ocorrido, o fato de a Caixa Econômica Federal ter comprado 49% do banco, e fazer parte, agora, dos prejudicados com a transação (com dinheiro público).
O rombo é de R$2,5 Bilhões. Os bens colocados pelo Grupo Silvio Santos como garantia, não têm rentabilidade suficiente para cobrir a dívida. Isto significa que o Grupo Sílvio Santos deverá por à venda o SBT, e demais empresas.
Primeiro, deve-se apurar quem intermediou, pelo Govêrno, esta transação de risco, ou melhor de desvio, e punir os responsáveis. Os setores econômicos do Governo envolvidos tèm responsabilidade para com a população, e devem prestar contas.
Dilma deve fazer uma escolha clara por colocar gente reta e incorrupta nestas esferas econômicas, não fazendo média com o dinheiro público.
Não podemos mais sustentar "erros conscientes". Kaoru Ishikawa, grande teórico do reeguimento da economia japonesa do pós guerra, dizia que o "erro honesto era perdoável", o que penso, não é o caso.
Agora, fato feito, é de se imaginar se não podemos transformar o limão em uma limonada, isto é adquirir este bem para o Estado, que tanto precisa de um meio de comunicação de massa, para mostrar o que é qualidade de programação, ética em programação, artes em programação, cultura, política, etc...
Assim daremos uma resposta em quem acha que Mídia é só empresarial. Porque não fazer também uma mídia governamental?
Outro fato é a lambança no ENEM. É a segunda vez.
Ser competente não é ter um perfil positivo, é muito mais do que isto. É resolver os problemas com rapidez, é fazer certo da primeira vez, são resultados.
Às vezes, vejo que alguns políticos nunca tiveram aula de eficiência e eficácia gerencial. Parecem palavras bobas, mas é muito real.
Com Dilma não poderemos mais sustentar incompetências de gestão, sob o risco de interrompermos uma continuidade fundamental de gestão popular iniciada por Lula.
Não importa se a pessoa foi um bom militante, ou se tem prestígio. Importam resultados eficazes hoje.
Mais uma: Palocci fez parte da equipe de campanha de Dilma, é verdade, mas sua saída do Governo Lula deixou uma mancha que continua escorrendo tapete abaixo.
Se Dilma escolhê-lo para algum cargo importante, deve saber que estará abrindo um flanco para críticas futuras, nem nenhuma sombra de dúvidas.
Quanto à escolha dos futuros Ministros de Estado (melhor seria chamá-los de Servidores do Estado), vejo um alvoroço tal qual aves de rapinas, quando vêem um animal morto no chão.
Não é assim que se participa de Governo, nem se escolhe Ministérios. Ainda bem que Dilma está fora do país, para não ver este poleiro agitado, e envergonhar-se do apoio recebido.
Um fato é fazer a escolha, através de critérios éticos, reconhecendo-se a importancia de cada segmento que apoiou, através de reuniões entre a equipe de Governo e partidos, discutindo-se principalmente, em cima dos projetos apresentados em campanha. Os nomes vem depois, e com critérios de competência
Dilma deve olhar cada um pela sua competência e exigir dos partidos da base governamental, que sejam rigorosos na escolha. Não é escolher fulano pela base de votos, mas os filiados com vocação de trabalho
Também é fundamental que se estabeleçam condições onde qualquer crise que ocorra em algum Ministerio ou Secretaria, seja motivo de perda da posição para o partido que lá estiver.
Assim, quem sabe, pensam melhor antes de escolher.
Atenção, eleger não é suficiente!
É preciso pôr uma marca popular e ética na governança, para não jogarmos fora o que foi conquistado, e retrocedermos daqui a dois ou quatro anos. Isto começa de agora.
Temos muita esperança que Dilma seja forte nestas questões.
Precisamos resgatar muitas bandeiras nossas, que foram sendo tomadas pela oposição, como a ética e a corrupção na vida pública. Quero fazer matéria de conquistas daqui para a frente.
Isto é ser progressista.
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