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A pobreza e a indigência por Região no Brasil.





Estes valores abaixo são irreais, mas são os aceitos oficialmente:

Pobre            tem renda familiar per capta de    R$ 140,00. O ideal seria, pelo menos os R$ 510,00

Indigente       tem renda  per capta de     R$ 70,00 . Este número só os indigentes são capazes de viver(sic).


Se todos os brasileiros  contribuíssem para erradicar a pobreza no país, deveriam desembolsar R$ 9,33 por mês.

Mas seria necessário uma sociedade solidária, e vivemos ainda em uma sociedade do egoísmo, do "cada um por si e Deus para todos".

É inimaginável pensar que estamos em um estágio da vida nacional em que todos sejam solidários com os irmãos mais necessitados, e contribuam de boa intenção com este valor, mensalmente. Vã ilusão...

Mais números:

                           Em milhões      %          Região

Indigentes         1,4 milhão         9,1          Norte

Pobres             2,3 milhões     15,4          Norte


Indigentes       7,2 milhões      13,5      Nordeste

Pobres           9,4 milhões      17,6     Nordeste


Indigentes     2,5 milhões       3,2       Sudeste

Pobres        4,3 milhões       5,6        Sudeste


Indigentes   775mil              2,8       Sul 
                                          
Pobres       1,3 milhão        4,7        Sul


Indigentes  547 mil            4,0   Centro-oeste

Pobres      887 mil            6,5   Centro-oeste


Indigentes 12,4 milhões    6,7   Média

Pobres     18,5 milhões    9,8  Média


Somando as médias, existem  16,5 % atualmente no Brasil de pobres e indigentes, e um restante de 83,5 % de não pobres/indigentes.


Mais uma informação importante:

Nesta década(de 2001 a 2008), a população de pobres e indigentes caiu de 33,3% para 15,5%, isto é, pela metade.

Isto enche de esperança a todos, pois é possível visualizar a erradicação propriamente dita de ambas as exclusões.


Conclusões:

O Norte e o Nordeste estão acima da média nacional, mas em termos de números absolutos, o NE concentra a maior população de pobres e indigentes, 16,6 milhões, representando a metade do total aferido.

Assim, fazer uma política de erradicação da pobreza e da indigência, iniciando-se  pela Região Sul, é começar pelo mais fácil, e não pelo mais necessário.

Estudos que li, apresentam esta eliminação à partir das regiões mais desenvolvidas.

Ademais, as características dos pobres e indigentes nas regiões mais desenvolvidas, penso que seja bem diferente dos existentes nas outras regiões.

Ora, investir mais nas regiões sul e Sudeste é repetir o passado, provocando novas ondas migratórias das regiões menos desenvolvidas para as mais desenvolvidas.

O Brasil precisa deslocar o processo de crescimento econômico das regiões Sul e Sudeste, para as regiões Norte (por razões estrátégicas) e Nordeste (por razões políticas), porque está provado (ver artigo anterior) que o maior responsável pela diminuição da pobreza e da indigência é o desenvolvimento econômico. Alagoas e Maranhão são os Estados mais carentes, e Santa Catarina e Mato Grosso os menos necessitados de políticas para esta área.


ATENÇÃO E MUITO IMPORTANTE: A QUEDA DA POBREZA E DA INDIGÊNCIA NÃO FOI ACOMPANHADA POR UM AUMENTO DA DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NACIONAL, QUE SERÁ OBJETO DE ARTIGO PRÓXIMO

Comentários

Anônimo disse…
PRECISO FALAR COM O SENHOR VIA E-MAIL

O MEU É: RONDOMIDIA@YAHOO.COM.BR

É PARA MINHA MONOGRAFIA, O SENHOR NAO CITOU A FONTE DO ARTIGO, OBRIGADO!!

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