Estou recebendo uns amigos baianos em casa, nesta semana, e acompanhei-os hoje, 19 de novembro de 2010, a fazer compras no Brás.
São Paulo, onde os filhinhos da classe média insuflada ao radicalismo e ao racismo de direita nestas últimas eleições presidenciais, quebraram uma lâmpada de neon na cabeça de alguns rapazes "acusados" de gays, é na verdade a maior cidade do nordeste do Brasil.
A maior capital do país, com maior número de nordestinos, é também uma cidade cheia de racismo e intolerência.
Lembro-me no dia das eleições uma senhora conversando com outra num prédio de classe média nova, na Barra Funda, enraivecidas por pessoas estarem escolhendo a Dilma e não um filho da cidade com o Serra. Lembro-me de seus olhos cheios de ódio.
Depois não me digam que não se incentivou o racismo nesta última campanha. Incentivaram e muito.
Gostei muito da Dilma ter enviado uma carta ao Papa, para mostrar que ela é tolerante, quando recebeu intolerância da outra parte.
Concluo que só se vence a intolerância, mostrando-se tolerante.
Se não aprendermos a conviver com a diferença, sem necessariamente aceitá-la, acabaremos por ser um dia intolerantes também
.
E o Brás é o coração nordestino desta capital, o local onde o povo vai fazer suas compras, desde agora para as festas de Natal.
Nesta sexta-feira o Brás não estava lotado como a 25 de março tem sido nesta semana, mas vimos muitas mulhers do povo pechinchando prêço das roupas, e preparando seus presentes de fim de ano antecipadamente.
Não vi mendigos no Brás durante o dia, nenhum pedinte, minto, vi um, caminhando.
Pode não ser nada, mas pode ser também um bom sinal.
Eu não deveria desejar que os hospitais estejam vazios? Quando faço a pastoral da saúde no HC, aos sábados, é uma alegria quando encontramos os quartos vazios, pois significam menos acidentes, menos pessoas acidentadas.
E porquê não desejar que não existam mais mendigos?
As mulheres são as que mais movimentam as vendas do Brás.
Se o bairro do Brás dependesse dos homens para fazer suas vendas, provavelmente estaria falido, porque os homens compram muito menos que as mulheres.
Os homens são fechados e auto-suficientes, por isso raramente saem às compras como as mulheres fazem.
Não é por acaso que as igrejas têm mais mulheres do que homens, as mulheres tem mais sensibilidade e humildade, do que os homens.
Bem, não vou me aprofundar nesta questão de gênero, porque é um mistério que se completa quando ambos se juntam, pois duas insuficiências se completam em ambos forando uma suficiência.
Se não fosse assim, esta união seria transitória, como às vezes acontece.
Estou cansado da caminhada, mas alegre por ver o meu povo brasileiro em paz, andando pelas ruas, cheio de esperanças. Vamos em frente.
São Paulo, onde os filhinhos da classe média insuflada ao radicalismo e ao racismo de direita nestas últimas eleições presidenciais, quebraram uma lâmpada de neon na cabeça de alguns rapazes "acusados" de gays, é na verdade a maior cidade do nordeste do Brasil.
A maior capital do país, com maior número de nordestinos, é também uma cidade cheia de racismo e intolerência.
Lembro-me no dia das eleições uma senhora conversando com outra num prédio de classe média nova, na Barra Funda, enraivecidas por pessoas estarem escolhendo a Dilma e não um filho da cidade com o Serra. Lembro-me de seus olhos cheios de ódio.
Depois não me digam que não se incentivou o racismo nesta última campanha. Incentivaram e muito.
Gostei muito da Dilma ter enviado uma carta ao Papa, para mostrar que ela é tolerante, quando recebeu intolerância da outra parte.
Concluo que só se vence a intolerância, mostrando-se tolerante.
Se não aprendermos a conviver com a diferença, sem necessariamente aceitá-la, acabaremos por ser um dia intolerantes também
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E o Brás é o coração nordestino desta capital, o local onde o povo vai fazer suas compras, desde agora para as festas de Natal.
Nesta sexta-feira o Brás não estava lotado como a 25 de março tem sido nesta semana, mas vimos muitas mulhers do povo pechinchando prêço das roupas, e preparando seus presentes de fim de ano antecipadamente.
Não vi mendigos no Brás durante o dia, nenhum pedinte, minto, vi um, caminhando.
Pode não ser nada, mas pode ser também um bom sinal.
Eu não deveria desejar que os hospitais estejam vazios? Quando faço a pastoral da saúde no HC, aos sábados, é uma alegria quando encontramos os quartos vazios, pois significam menos acidentes, menos pessoas acidentadas.
E porquê não desejar que não existam mais mendigos?
As mulheres são as que mais movimentam as vendas do Brás.
Se o bairro do Brás dependesse dos homens para fazer suas vendas, provavelmente estaria falido, porque os homens compram muito menos que as mulheres.
Os homens são fechados e auto-suficientes, por isso raramente saem às compras como as mulheres fazem.
Não é por acaso que as igrejas têm mais mulheres do que homens, as mulheres tem mais sensibilidade e humildade, do que os homens.
Bem, não vou me aprofundar nesta questão de gênero, porque é um mistério que se completa quando ambos se juntam, pois duas insuficiências se completam em ambos forando uma suficiência.
Se não fosse assim, esta união seria transitória, como às vezes acontece.
Estou cansado da caminhada, mas alegre por ver o meu povo brasileiro em paz, andando pelas ruas, cheio de esperanças. Vamos em frente.
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